Planejamento sucessório: como proteger o patrimônio para as próximas gerações?

E o melhor momento para você começar é... agora!

Organizar a transferência de bens entre gerações pode parecer um tema distante para muitos, mas o planejamento sucessório é uma ferramenta fundamental para proteger o patrimônio familiar, evitar conflitos e garantir harmonia. Raphael Martins, head de Wealth Planning e Gestão de Riscos do Grupo SWM, explica que esse é um processo essencial independentemente do tamanho do patrimônio.

O que é e por que fazer um planejamento sucessório?

Planejamento sucessório é mais do que uma questão burocrática. Segundo Raphael Martins, esse é um processo estruturado que organiza a transferência de bens e direitos de uma pessoa para seus herdeiros de forma eficiente e segura.

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“O objetivo principal é assegurar que as vontades do patriarca ou matriarca sejam respeitadas, reduzindo conflitos familiares e otimizando a gestão patrimonial entre gerações. É um processo indispensável para proteger o patrimônio, minimizar custos e entraves legais, como impostos e burocracia”, afirma o especialista.

Embora a percepção comum seja de que esse planejamento é exclusivo para grandes fortunas, Martins ressalta que qualquer família com bens ou direitos pode se beneficiar dessa estruturação. “Não se trata apenas de riqueza, mas de proteger o que se construiu ao longo da vida, seja uma casa, um carro ou um pequeno negócio.”

Como funciona o planejamento sucessório?

De acordo com Raphael Martins, o processo é personalizado e possui várias etapas. Ele destaca os 4 principais passos:

1. Diagnóstico inicial: é o momento de entender a composição do patrimônio e o perfil familiar, identificando dinâmicas e expectativas.

2. Estruturação personalizada: nessa etapa, são utilizados instrumentos como holdings, testamentos, seguros de vida e previdência privada.

“Cada família é única e pode demandar estratégias específicas. Por exemplo, famílias com filhos muito jovens ou com perfis de maior risco precisam de mecanismos que garantam a proteção e o uso adequado do patrimônio”, explica o especialista.

3. Implementação: consiste na formalização das estruturas planejadas, garantindo conformidade legal e tributária.

4. Manutenção e revisão: de acordo com Martins, o processo não é estático. “Ele precisa ser revisitado periodicamente para se ajustar a mudanças na legislação ou na composição familiar e patrimonial.”

Custo ou investimento?

Uma das dúvidas mais frequentes sobre o tema é o custo. Martins explica que os valores variam conforme a complexidade do patrimônio e da estrutura familiar. “Enquanto patrimônios mais simples demandam soluções menos onerosas, grandes famílias empresárias geralmente necessitam de estruturas sofisticadas, que exigem um maior investimento.”

Ele destaca, porém, que o planejamento sucessório não deve ser encarado como uma despesa, mas como um investimento com retorno garantido. “Os benefícios financeiros incluem redução de impostos, eficiência administrativa e preservação patrimonial. Além disso, os custos de não planejar podem ser muito maiores, tanto financeiramente quanto emocionalmente.”

Quando começar?

A resposta é simples: agora. Raphael Martins reforça que o planejamento sucessório deve ser feito o quanto antes. “Eventos inesperados, como falecimento ou incapacidade, podem causar grandes prejuízos financeiros e emocionais quando não há um plano sucessório em vigor. Quanto mais cedo o planejamento for feito, mais eficiente e tranquilo será o processo.”

Além disso, ele reforça que a ferramenta não é exclusiva para grandes patrimônios. “Toda família, independentemente do tamanho do patrimônio, tem algo a proteger e pode se beneficiar do planejamento.”

Além de organizar bens e direitos, o planejamento sucessório é, acima de tudo, um ato de cuidado com os herdeiros e com o legado construído. “Planejar a sucessão é pensar no futuro da família, preservando não só o patrimônio, mas também as relações e a harmonia”, conclui Martins.

Independentemente do momento da vida, o planejamento sucessório é uma oportunidade de transformar um processo que poderia ser complexo em uma transição tranquila e organizada.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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