Nômade digital: como ter dinheiro para viver de cidade em cidade

Ter esse estilo de vida requer muito planejamento financeiro. A influenciadora Sophia Costa explica como começar

Sophia Costa mostra como ser nômade digital (Foto: Divulgação)
Sophia Costa mostra como ser nômade digital (Foto: Divulgação)

Viver nos lugares mais lindos do mundo, sem residência fixa e ainda ganhando dinheiro trabalhando à distância. Afinal, aquilo que parece um sonho para muitos, depende de um bom planejamento, principalmente o financeiro. Por isso, chamamos a influenciadora Sophia Costa, que é nômade digital, para explicar como funciona este estilo de vida, quais são as alegrias e dificuldades, e como você pode se planejar para ser um deles.

Dá uma olhada neste guia completo:

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O que é ser nômade digital?

Nômade Digital. Se essa expressão fosse utilizada alguns anos atrás, poucas pessoas saberiam responder do que se trata. Porém, desde que o trabalho remoto se tornou uma opção viável, trabalhar enquanto viaja (o Brasil e o mundo) passou a ser a realidade de milhares de profissionais das mais diversas áreas..

Em resumo, eu faço parte do grupo de pessoas que trabalham e viajam desde 2017. Desta forma, em 4 anos construí diferentes fontes de renda no processo de alcançar a liberdade financeira e geográfica (os dois pilares principais, quando falamos de nomadismo digital).

Primeiramente, quando falamos de nomadismo, é inevitável pensar na parte financeira. Quanto é preciso para se tornar nômade? Como calcular o custo de vida? Como me planejo?

Sendo assim, vamos entender nesse guia, de forma simplificada, como é possível você se planejar financeiramente para se tornar um nômade digital dentro do seu cenário atual.

Quanto custa se tornar nômade digital?

Antes de mais nada, vamos começar quebrando o maior mito relacionado a esse estilo de vida: você não precisa ser rico para viajar o mundo! A verdade é que existem tipos de viagens para todos os bolsos.

Eu comecei a ser nômade digital ganhando exatos R$2.500 reais por mês. Diferente do que possa imaginar o senso comum, viver viajando não é necessariamente mais caro do que ter residência fixa. Com esse valor eu vivi em algumas das ilhas mais paradisíacas do mundo, na Tailândia, além de ter morado na Argentina e em Moçambique.

Posto tudo isso, a grande questão é escolher onde você vai viver, além de mapear seus maiores gastos. Geralmente uma nômade digital como eu, que ganha em real, escolhe viver em países com custo de vida baixo, como sudeste asiático ou leste europeu.

Portanto, o meu maior gasto mensal é sempre com a hospedagem, que é compensado com um baixo custo de vida (alimentação, locomoção e lazer).

Como calcular para ser nômade digital?

Para ter uma ideia geral de quanto custa viver em determinada cidade ou país como nômade digital, existe um site que é o queridinho dos nômades: o Nomad List. Os valores nele são baseados em dólar e, por experiência própria, os valores que eles estimam, geralmente são mais altos do que o custo de vida realmente pode ser. Mas é excelente para ter um parâmetro geral de quanto te custaria para viver em uma ilha paradisíaca na Tailândia, por exemplo.

Outro site ótimo para entender o custo de vida é o Numbeo. Ele faz um ranking de preços dos mais variados produtos (leite, pão, gasolina) e assim você poder ter uma ideia e panorama geral de quanto seria seu gasto mensal. 

Como se planejar financeiramente?

Em suma, a verdade é que é possível ser nômade digital com diferentes valores. O que vai determinar esse planejamento é o estilo de vida que você deseja ter.

  1. O primeiro passo desse planejamento é se assegurar de ter um trabalho remoto! Seja CLT, Freela ou autônomo, o estilo de vida nômade, para existir, pressupõe que o seu trabalho pode ser feito de qualquer lugar do mundo!
  2. Com essa parte resolvida, é importante fazer uma projeção de quanto seria o seu custo de vida! Como falei, sempre utilizo o Nomad List para ter uma ideia aproximada do custo de vida de determinado lugar e minha lógica é sempre alternar países com custo de vida mais caros com países com custo de vida mais baratos para balancear.
  3. Mapear possíveis países/cidades que se encaixem dentro do seu orçamento mensal e considerar valor de deslocação para esses lugares.
  4. Montar uma reserva de emergência. Depois de definir seu CVAM (custo de vida aproximado mensal) é importante ter uma reserva para eventuais emergências. Uma reserva de 4 a 6 meses do seu gasto mensal é geralmente uma meta segura

A conta precisa fechar

Especialista em finanças ou não, o dinheiro que sai não pode ser maior do que a quantidade de dinheiro que entra. Essa conta tem que fechar!

Vivi boa parte da minha vida nômade ganhando exatos R$ 2.500,00. Não tinha uma vida de luxo e gastar com coisas além de aluguel e comida não eram nem opção. Mas eu vivia em um lugar paradisíaco morando em um resort de frente para o mar. 

Acho que esse é o segredo em relação ao nomadismo. Adoraria ser nômade em Paris ou Nova York, porém, tomo a decisão estratégica de viver em lugares onde meu dinheiro vale mais.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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