Quais são os 3 principais motivos que levam o brasileiro a se endividar?

Pesquisa mostra quais são os motivos que levam as pessoas a buscar crédito; saiba quais os cuidados a tomar para não ficar inadimplente

Pagamento de contas é o principal motivo para se endividar, revela pesquisa. Foto: Getty Images
Pagamento de contas é o principal motivo para se endividar, revela pesquisa. Foto: Getty Images

Você já se perguntou quais os principais motivos para se endividar? Pois há ocasiões na vida que temos um objetivo ou compromisso, e não temos o dinheiro necessário em mãos para tal. Daí, não tem jeito: a busca por crédito é a solução que muitos brasileiros encontram nessas horas para realizar seus desejos ou necessidades.

Um levantamento realizado pela Geru, fintech da Open Co, revelou os principais motivos que levam o brasileiro à busca por crédito.

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1º lugar: Pagamento de contas

O primeiro motivo para se endividar, de acordo com a pesquisa, foi o pagamento de contas, citado por quase um terço dos entrevistados (30,67%).

E aqui estamos falando de contas mesmo, aquelas fixas de água, luz, telefone e internet, nada que fuja tanto do essencial para uma residência. Veja dicas para economizar com energia elétrica

2º lugar: Reformas na casa

O segundo principal motivo para se endividar foram as reformas com a casa. Nesse caso, 15,44% disseram que buscaram crédito para pagar as melhorias na residência.

3º lugar: Gastos com os pequenos negócios

Por fim, as despesas com pequenos negócios (15,01%), seja com prestadores de serviços ou pagamento para lojistas, foram o terceiro motivo pelo qual as pessoas físicas recorreram ao crédito no primeiro semestre de 2024.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, os mesmos motivos aparecem como os principais para busca de crédito, embora com uma variação de pouco mais de 6 pontos percentuais para mais em 2024, frente às despesas com contas, que em 2023 registraram 24,94%.

Ou seja, as pessoas ainda seguem se endividando para pagar as contas fixas, mas tem gastado mais para melhorar a casa neste ano.  

Falta educação financeira

“Embora a população do país ainda precise avançar em relação à educação financeira, ela deseja manter as contas básicas da rotina de um adulto funcional em dia, como água, energia elétrica e internet”, afirma Cristiano Rocha , CRO da Geru.

Ainda de acordo com o executivo, contudo, outro ponto fundamental que impacta os números são a inflação e a alta dos juros que encarecem o custo de vida, resultando em dificuldade para o bom equilíbrio do orçamento doméstico.

Cuidados ao buscar e optar por crédito

Apesar das intenções serem as melhores, na maioria das vezes, a opção pelo crédito exige cuidados especiais. 

Simone Carvalho Santos, CEO da NanoCapital, alerta que não é recomendável buscar crédito para pagar contas, pois isso pode levar ao endividamento por conta dos juros altos.

“O ideal é ajustar o orçamento, aumentar a renda ou reduzir despesas. Alternativas incluem renegociar prazos de pagamento com credores ou buscar fontes adicionais de renda temporária”, diz ela.

Crédito consignado pode ser opção

De acordo com Santos, em caso de necessidade extrema, o crédito consignado é uma das melhores opções, pois possui taxas de juros mais baixas em comparação ao crédito pessoal comum. Além disso, o pagamento é descontado diretamente da folha de pagamento, reduzindo o risco de inadimplência.

Pelo site do Banco Central, é possível verificar as taxas do crédito consignado.

Já em relação às melhorias na casa, a CEO aconselha a considerar o crédito imobiliário ou o financiamento específico para reformas. Essas opções geralmente oferecem condições mais favoráveis, como prazos mais longos e taxas de juros menores. 

Por fim, ela ressalta que o melhor jeito de usar o crédito é de forma consciente, planejando bem os gastos e evitando compras impulsivas. “Para não precisar de crédito, é essencial manter um orçamento equilibrado, criar uma reserva de emergência e evitar gastos desnecessários”, completa.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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