Sete em cada dez brasileiros têm dificuldade em poupar – veja como sair da estatística
Fazer o dinheiro sobrar não é fácil. Separamos cinco dicas para te ajudar nesse desafio
Investir e poupar podem parecer a mesma coisa, mas não são. Antes de investir, você precisa saber poupar. Poupar é ter dinheiro sobrando. Investir é saber o que fazer com o dinheiro que sobra.
Parece fácil, mas não é.
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De acordo com uma pesquisa feita pela Acordo Certo, fintech de renegociação de dívidas, sete em cada dez brasileiros não guardam dinheiro e sentem dificuldades em manter uma vida financeira saudável. Mas veja: fazer contas e se planejar para ter um saldo positivo no final do mês não deve ser um bicho de sete cabeças.
“Só existe uma maneira de construir patrimônio, ter uma vida mais tranquila e se preparar para situações inesperadas: separando uma parte daquilo que você recebe todo mês. Quanto mais cedo começar, melhor”, ressalta Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em Gestão Financeira da FGV.
E não é preciso muito para dar os primeiros passos. Veja cinco dicas para te ajudar nessa jornada:
1. Conheça seus gastos
O primeiro passo é saber para onde vai o dinheiro. Para isso, é preciso fazer um levantamento sobre quanto entra todo mês, quanto sai e qual é a sua renda líquida. Você pode anotar as informações em um bloco de papel, uma planilha ou até mesmo em um aplicativo. O importante é não esquecer nenhum gasto, mesmo os menores. A partir disso você consegue identificar em quais categorias está gastando mais.
2. Estipule um limite de gastos
Depois de anotar todos os gastos, priorize aquilo que realmente é indispensável e o que não é essencial. Aluguel, conta de luz, água e energia, por exemplo, são essenciais. Já as saídas nos finais de semana podem ser reduzidas. O importante é cortar os excessos e estipular um limite de gastos para cada categoria. “Existe um cálculo que fazemos para facilitar: a regra do 50-30-20. 50% da renda deve ser para o essencial, 30% para gastos supérfluos e 20% para investimentos”, explica Viviane Ferreira, planejadora financeira CFP pela Planejar. Esses números são apenas uma referência — você pode começar aos poucos.
3. Trace metas
As metas te ajudam a ter um norte e saber se você está ou não no caminho certo. Calcule o quanto deseja guardar por mês e transforme isso em um objetivo. “Se você não traçar metas e não tiver claro onde quer chegar, acaba fazendo concessões no meio do caminho”, ressalta Ricardo Teixeira, da FGV. Vale até deixar as anotações na porta da geladeira. Também é bacana diluir a meta em pequenos objetivos semanais.
4. Acompanhe e adapte o que for necessário
Ao longo do processo, é normal que as coisas não saiam exatamente como planejado. Compare aquilo que você estipulou com o que realmente gastou. Se necessário, faça pequenas adaptações e distribua novamente a renda. O importante é manter o controle dos gastos para que o saldo seja positivo. “O acompanhamento semanal é fundamental. Deixar para olhar tudo no final do mês pode fazer com que você se perca e abandone o planejamento”, pontua a planejadora financeira Viviane Ferreira.
5. Atenção aos detalhes
Rever as tarifas do banco e encontrar desconto em compras online fazem a diferença no final do mês. São esses pequenos gastos que, aparentemente inofensivos, se tornam grandes economias, quando somados. “É um ajuste, mesmo que temporário. Se hoje não sobra dinheiro, você deve fazer escolhas, mudar um pouco o padrão de vida. Só assim vai conseguir se planejar e investir lá na frente”, diz Ricardo Teixeira, da FGV.