Quanto é preciso guardar para ter independência financeira feminina? 

Entenda o que considerar no cálculo e alguns passos para alcançar esse objetivo

O cálculo para independência financeira envolve fatores como idade, custo de vida e planos para o futuro. (Ilustração: Renata Miwa)
O cálculo para independência financeira envolve fatores como idade, custo de vida e planos para o futuro. (Ilustração: Renata Miwa)

A busca pela independência financeira feminina é um tema que precisa ser debatido entre as mulheres. Afinal, ter autonomia para lidar com o próprio dinheiro e um patrimônio garantido é fundamental. O caminho, no entanto, nem sempre é dos mais simples.  

“O ponto que traz uma divergência quando falamos de independência financeira entre homens e mulheres são as oportunidades das mulheres de crescerem em grandes grupos corporativos em cargos de diretoria executiva para atingirem seus objetivos e níveis de padrão financeiro”, ressalta Isabela Della Torre, sócia fundadora do Grupo SWM e planejadora financeira CFP pela Planejar. 

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Já Letícia Camargo, planejadora financeira CFP pela Planejar, destaca outro obstáculo: o bloqueio para lidar com o tema. “Muitas vezes as mulheres acabam deixando suas finanças nas mãos de companheiros ou pais. Para ambos, homens e mulheres, a independência financeira é essencial para que não vivam o estresse de estar endividados ou sem dinheiro para pagar os boletos e fechar as contas no final do mês”, explica. 

Quanto é preciso para ter independência financeira feminina? 

Este é um cálculo que varia de acordo com a realidade de cada uma. “Se considerarmos que a independência financeira é ter a tranquilidade de pagar todas as contas em dia e ainda ter uma reserva para emergências, o ideal seria entender quais são os custos mensais e ter de 3 a 12 meses esse valor guardado. Isso vale tanto para homens quanto para mulheres”, explica Letícia.  

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Mas a verdade é que muitos fatores influenciam esse montante, como a idade, momento de vida e planos para o futuro. Isabela, do Grupo SWM, destaca algumas perguntas que ajudam a entender o cenário.

“Onde você gostaria de estar daqui 10, 20 ou 30 anos? Qual seu custo de vida? E sua receita anual? Você tem filhos ou pretende ter? Qual o custo estimado para a criação deste filho? Tudo isso influencia no cálculo para ter independência financeira”, ressalta. 

Como atingir esse objetivo na prática

Entender que atingir a independência financeira feminina é um processo que exige disciplina e organização é o primeiro passo. Em seguida, um orçamento bem definido e um bom controle financeiro ajudam a identificar as despesas e receitas.

“É importante saber para onde está indo o dinheiro e anotar as receitas e despesas, direcionando os recursos para o que realmente importa e estabelecendo prioridades. Depois disso, agir de acordo com as definições e seguir com foco no orçamento estabelecido”, ressalta Letícia. 

Isso inclui poupar e construir uma reserva de emergência, que deve ser investida em produtos conservadores e de fácil resgate. “Depois que o montante poupado ultrapassar o valor definido para a reserva de emergência, será possível começar a diversificar esses investimentos em produtos que tenham um pouco mais de risco. Mas, sempre de acordo com os objetivos, horizonte de investimento e perfil de risco de cada um”, finaliza a especialista.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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