Como saber o valor justo do aluguel e das despesas de um imóvel?
Entenda os principais fatores que influenciam o valor do aluguel e como garantir um contrato vantajoso para todos os lados
Calcular o valor justo do aluguel e outras despesas de um imóvel é fundamental para garantir a saúde financeira do locatário e o retorno adequado para o proprietário. Chegar a esse valor, no entanto, nem sempre é uma tarefa simples. Um cálculo justo deve equilibrar o custo-benefício, levando em conta as despesas fixas, como condomínio, IPTU e eventuais manutenções, além de comparações com imóveis semelhantes na mesma região.
Como calcular o valor justo do aluguel de um imóvel?
Um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) mostra que o valor do aluguel deve girar em torno de 0,5% a 1% do valor de mercado do imóvel.
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Porém, essa estimativa pode variar conforme a cidade, o bairro e a oferta e demanda da região.
Além disso, despesas adicionais, como manutenções periódicas e taxas extras, também devem entrar no cálculo do custo total da locação.
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Luis Guingo, planejador financeiro CFP pela Planejar, fala sobre alguns outros fatores para considerar.
“É importante comparar imóveis semelhantes, da mesma região ou do mesmo prédio, por exemplo. Nesse sentido, plataformas de buscas podem ajudar. O preço por metro quadrado é outro indicador relevante para essa comparação.”
A condição e o estado de conservação do imóvel também são fatores determinantes. “Esse pode até ser um item de negociação se o imóvel não estiver em boas condições. Alterações e melhorias podem ser descontadas no aluguel, evitando acumular dois gastos desnecessariamente”, ressalta Luis.
Atenção ao índice de reajuste e prazos
Outro ponto destacado pelo planejador é o índice de reajuste do imóvel.
“Esse é um fator muito importante para considerar ao fechar um contrato de aluguel. Muitas vezes, o reajuste pode ser atrelado ao IGP-M ou ao IPCA. Para evitar surpresas, o ideal é tentar negociar o menor índice”, explica.
Além disso, Luis chama atenção para o prazo de saída sem multa.
“O contrato pode exigir uma permanência mínima de 24 meses ou mais, por exemplo. Isso pode ser desconfortável e impactar financeiramente o locatário. Geralmente, há espaço para negociar essa cláusula.”
Em relação aos demais gastos, o IPTU e o condomínio podem até dobrar o custo total.
“Verificar se o valor do IPTU está claramente informado e compará-lo com o de imóveis semelhantes também é importante. Pode fazer sentido, por exemplo, pagar o IPTU de uma vez só, se houver desconto. O valor do condomínio também pode variar bastante. Se possível, consulte também o histórico de contas básicas, como água e luz”, orienta o planejador.