Casa na planta ou imóvel antigo: o que levar em consideração na hora de comprar?

No fundo, a escolha vai depender das suas prioridades

Ter a casa própria é um dos grandes objetivos dos brasileiros. Para muitos, isso representa estabilidade e segurança, além de ser visto como um bom investimento a longo prazo. Uma pesquisa divulgada pela Brain Inteligência Estratégica mostra que 87% dos brasileiros consideram que ter um imóvel é prioridade, e 45% planejam comprar um nos próximos dois anos.

“O imóvel próprio continua sendo um dos maiores sonhos e, em geral, é o maior patrimônio de grande parte das famílias, mesmo com hábitos culturais e financeiros em rápida mudança no mundo todo. A estabilidade e segurança proporcionadas por um imóvel ajudam a propagar e manter esse desejo nas pessoas”, ressalta Marcelo Milech, planejador financeiro CFP pela Planejar. Nesse sentido, uma dúvida comum é se vale mais a pena comprar uma casa na planta ou imóvel antigo.

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Casa na planta ou imóvel antigo?

Marcelo explica que o imóvel já pronto tem a vantagem de permitir a moradia imediata, sem os riscos vindos da entrega da obra por parte da construtora. “O imóvel usado permite, também, o financiamento imediato. No novo ou em construção, o financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação (SHF) só acontece depois que a construtora obtém o Habite-se do prédio”.

A casa na planta, de acordo com o especialista, é comparável a um carro novo. “Sabe-se que nunca foi usada e que não sofreu a deterioração que o tempo provoca. No mais, essa decisão envolve questões de de localização, preferência pessoal e potencial de valorização. Isso vale tanto para novos quanto para usados”.

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Quais são as vantagens e desvantagens de cada um?

Comprar uma casa na planta traz benefícios, como uma infraestrutura mais moderna e a chance de personalizar o ambiente.

Além disso, enquanto o comprador paga a entrada e as primeiras parcelas, não há cobrança de juros, apenas um reajuste pelo Índice Nacional de Construção Civil (INCC).

No entanto, como o imóvel ainda está em construção, existe o risco de atrasos ou até de não ser entregue.

Já ao optar por um imóvel antigo, você tem mais flexibilidade para negociar diretamente com o proprietário.

Se o foco for uma localização específica e você não se importa com a planta já definida, essa pode ser uma boa alternativa.

Entretanto, pode haver a necessidade de reformas ou ajustes no imóvel. Portanto, a escolha ideal vai depender das suas prioridades e do momento da compra.

Um cálculo que pode ajudar

A escolha entre uma casa na planta ou um imóvel antigo também envolve levantar algumas informações e fazer cálculos.

“É fundamental pesquisar o preço do imóvel e verificar se o valor por metro quadrado está compatível com a região e a localização, identificando se está justo”, explica Marcelo.

Além disso, é importante avaliar os custos “ocultos” na compra. Isso inclui o valor do condomínio, IPTU, se o imóvel é “foreiro” (o dono é a União ou alguma entidade pública, que cede os direitos de uso para uma pessoa, que paga taxas), e outras questões ligadas à documentação.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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