Campos Neto: BC não tem ‘nenhum objetivo’ de acabar com papel moeda

Presidente do Banco Central negou rumores e afirmou que pessoas das classes D e E ainda recebem salário principalmente pelo meio físico

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, negou as informações de que a autoridade monetária estaria buscando acabar com a emissão de papel moeda. “Não tem nenhum objetivo de acabar com papel moeda”, disse.

Campos contou que no começo da pandemia de covid-19 o governo fez um sistema de transferência de recursos em contas digitais e, na época, houve um problema de falta de cédulas, porque as pessoas sacavam rapidamente os benefícios.

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“Quando se tem falta de cédula, as pessoas acham que o banco pode estar com problemas. Tivemos que fazer a nota de R$ 200, a do lobo guará”, lembrou, comentando ainda que a cédula foi criada em tempo recorde e com critérios de segurança maiores.

“Não queremos acabar com papel moeda. Muitas pessoas recebem salário em dinheiro de papel ainda. Teve diminuição de papel moeda sim, mas o objetivo não foi acabar. Contas digitalizadas vieram para ajudar [e não para acabar com papel moeda]”, destacou, comentando principalmente que pessoas das classes D e E ainda recebem salário em meio físico.

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O presidente do BC também minimizou as preocupações existentes com fraudes e crimes cometidos com o Pix, lembrando que são apenas velhas práticas adaptadas para novas tecnologias. “No ano passado, tivemos casos de vazamento de dados de pessoas. O que vazou foi nome, telefone e CPF da pessoa. Isso era o mesmo que tinha no talão de cheques”, apontou.

Para Campos Neto, os códigos usados precisam ter informações que não exponham muito as pessoas, justamente com esse objetivo. “Temos que ter cuidado com saldos, com contas. Vamos ter o máximo possível de eficiência, mas não podemos dizer que teremos um sistema em que seja completamente sem riscos de problemas de vazamento de informações”, admitiu.

Por fim, Campos Neto reforçou que o Pix programado e outras modalidades do meio de pagamento, como o Pix por aproximação, entram em vigor no ano que vem. “Estudamos interações com outras carteiras digitais, como Google Pay e Apple Pay”, conta. “Temos hoje um custo de intermediação financeira e podemos ver que o Pix ajudou um pouco a diminuir.”

Com informações do Valor Econômico

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