BC vê sinais de migração de saldo do cartão de crédito rotativo para parcelado

Dados de 12 meses terminados em junho mostram que o saldo do cartão de crédito rotativo caiu 19,5%, ou R$ 15,1 bi. Já o cartão de crédito parcelado subiu 24,6%, uma elevação de R$ 14,3 bi

O chefe do departamento de estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha, afirmou que parece estar havendo uma troca do saldo do cartão de crédito rotativo para o parcelado. Rocha comentou as , divulgadas mais cedo nesta sexta-feira.

Os dados de 12 meses terminados em junho mostram que o saldo do cartão de crédito rotativo caiu 19,5%, ou R$ 15,1 bilhões. Já o cartão de crédito parcelado subiu 24,6%, uma elevação de R$ 14,3 bilhões.

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“Não nos parece que essas magnitudes iguais de redução do rotativo e aumento do parcelado sejam coincidência, mas sim operações de negociação entre instituição financeira e dos clientes para retirar saldos do rotativo e passar para o parcelado”, disse Rocha.

O chefe do departamento apontou que esse movimento é positivo do ponto de vista do devedor, porque o parcelado tem taxas de juros menores, além de prazos mais longos para pagamento. No mesmo mês, a taxa média do parcelado foi de 180,5% ao ano.

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Já o saldo do cartão de crédito à vista, que também inclui o parcelado sem juros, subiu 24,6% nos últimos 12 meses, para R$ 408 bilhões em junho.

Rocha também comentou a evolução do indicador que mede a proporção dos juros cobrados no rotativo ou parcelado em relação ao valor total da dívida. A lei 14.690/23 determinou que os juros e custos financeiros da fatura do cartão de crédito não paga não podem ultrapassar 100% do valor original.

O chefe do departamento de estatísticas apontou, citando os dados ao longo do ano, que “os juros acumulados nesse período já ultrapassam, na média, a metade da dívida do original. Ou seja, ainda está longe do teto de 100%, mas continua crescendo, na média, 52,4%”.

Esse percentual engloba o percentil 99, em que 99% das operações estão abaixo ou no mesmo patamar do número indicado. Rocha explicou que o percentil 99 tende a englobar os clientes que estão com a dívida há mais tempo em modalidades mais caras.

Com informações do Valor Econômico

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