Não foi só o iFood: falha em nuvem da Amazon afeta negócios no país
Queda dos serviços da Amazon Web Services na tarde de ontem, nos Estados Unidos, foi sentida por grandes empresas no Brasil
Uma falha que provocou a queda dos serviços da Amazon Web Services (AWS), um dos maiores provedores de nuvem do mundo, na tarde de ontem, nos Estados Unidos, foi sentida por grandes empresas no Brasil, como a plataforma de entregas iFood, o shopping virtual Mercado Livre, e a plataforma Iupp, de fidelidade, do Itaú Unibanco.
A origem do problema ocorreu na região Estados Unidos – Leste – 1 (US-East-1), informou a área técnica da multinacional americana de tecnologia em um painel de status de serviços, que também dá suporte a empresas na América do Sul.
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Segundo o time técnico da AWS, a raiz do problema é o comprometimento de vários dispositivos de rede na região US-East-1. “Estamos buscando vários caminhos de mitigação em paralelo e vimos alguns sinais de recuperação […]”, informou a empresa em seu site. À noite, acrescentou ter alcançado “uma recuperação significativa na região US-EAST-1”, mas que ainda não tinha estimativa para recuperação total do sistema naquele momento.
Consumidores relatam instabilidade no iFood
Ontem, usuários do iFood relataram instabilidade com o aplicativo de entregas no início da tarde, horário de pico de pedidos. Nas redes sociais, havia dezenas de reclamações sobre pedidos pagos e cancelados, de múltipla cobrança pelos pedidos, e de que os canais de ajuda do aplicativo estão fora do ar. A maioria das queixas dizia respeito a pedidos de refeições. Em nota, o iFood informou que a instabilidade da AWS provocou impacto em parte dos serviços prestados pela plataforma de entregas.
O incidente de ontem foi o segundo evento em pouco mais de um mês a atrapalhar os usuários do aplicativo.
Na noite de 2 de novembro, diversos restaurantes tiveram seus nomes trocados no cardápio do iFood por frases com ataques políticos, mensagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e declarações antivacina.
No dia seguinte, o iFood explicou que não sofreu um ataquer hacker: a mudanças dos nomes foi realizada por um funcionário terceirizado que tinha permissão para realizar mudanças cadastrais.