Ganhos da Ambev no 2º tri refletem impulso ao consumo fora do lar e preços na América do Sul, diz Citi

Volume de vendas de cerveja subiu 8,5% no país entre abril e junho

(Foto: Fabio Alves/Unsplash)
(Foto: Fabio Alves/Unsplash)

No balanço da companhia de bebidas Ambev, divulgado na manhã desta quinta-feira (28), a alta dos ganhos e dos volumes de venda no segundo trimestre do ano chamaram a atenção dos analistas do mercado financeiro.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 5,5 bilhões, 22% acima da projeção do banco de investimentos americano Citi. Os volumes no Brasil cresceram 10,4%, sendo um avanço de 8,5% só em cerveja no país.

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“O crescimento do volume de cerveja no Brasil aproveitou o momento de reabertura [de bares e restaurantes] e o clima favorável em junho, e parece sustentável”, escreveu Sergio Matsumoto, analista do Citi, em relatório a clientes. Ele observa que a empresa ganhou 0,9 ponto percentual de participação de mercado no canal off-trade, como é chamado o varejo.

Outro fator positivo é o ganho em preço na operação dos países da América do Sul, que refletiu os aumentos de preços e a melhoria do mix de marcas e pode se sustentar, segundo o analista. “A menos que os ventos contrários da Argentina venham à tona”, acrescenta.

De acordo com o analista, as principais questões para a direção da empresa são a melhoria das perspectivas de margem com redução de custos de alumínio e aumento do mix de garrafas retornáveis e participação de bares e restaurantes nas vendas.

Outro ponto de atenção, aponta Matsumoto, é a contribuição de créditos fiscais para os resultados da empresa no período. No entanto, o Ebitda seria de R$ 4,6 bilhões sem os créditos fiscais, apenas 2% acima da estimativa do banco.

O banco mantém recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 18,50.

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