Saiba como investir no agro em diferentes modalidades: de ações e fundos (ETFs e Fiagros) até letras e certificados de crédito.
INVESTIMENTOS
O setor agropecuário cresceu mais de 21% no primeiro trimestre deste ano, e, no segundo, a queda, que se esperava muito maior, foi apenas discreta. O setor, incluindo suas cadeias como um todo, representam algo perto de um quarto do PIB brasileiro.
É possível ganhar dinheiro investindo no agro, tanto em modalidades de renda fixa quanto de renda variável.
As opções são: ações de empresas do setor, FIIs com áreas, terrenos e atividades produtivas relacionadas ao agronegócio, COEs envolvendo empresas ou commodities agrícolas, contratos futuros de commodities, como boi, milho, soja, café, entre outros e ETFs temáticos do setor agro.
Na renda fixa, as opções são debêntures (incentivadas ou não), LCA (letra de crédito do agronegócio) e CRA (certificado de recebíveis do agronegócio).
Assim como em outros setores, os títulos de renda fixa são os mais seguros, mas possuem o risco de crédito da empresa emissora. No caso do agro, é possível identificar o risco de crédito da empresa pela atividade econômica exercida e pelas características da própria companhia.
Já com relação à renda variável, as ações e os fundos (FIIs e ETFs) possuem maior potencial de ganho, mas os riscos também são mais altos. Isso porque essas modalidades estão sujeitas ao risco de mercado.
Se a debênture for incentivada, há a vantagem do não pagamento de imposto de renda. Além disso, LCAs e CRAs são sempre isentos de pagamento de IR. Portanto, tendem a oferecer uma rentabilidade maior que outros títulos não incentivados.
Um relatório feito por Itaú BBA e Economatica com dados da B3 e dos fundos e divulgado em outubro aponta que os rendimentos em fiagros chegam a 26% ao ano até o início de outubro de 2023.
Os maiores retornos até então eram do BBGO11 (26%) e do NCRA11 (25,7%). Os dados contemplam o período entre janeiro e a primeira semana de outubro. Por outro lado, há fundos que rendem abaixo da inflação, como o FZDA11 (1,4%) e VCRA11 (2,2%).
O valor das ações das empresas do agro na bolsa mostrava desempenhos muito discrepantes, podendo render ganhos de 50% em alguns casos e perdas de quase 60% em outros.
- São Martinho (SMTO3): +50,74% - Três Tentos (TTEN3): +35,43% - BRF (BRFS3): +32,85% - Boa Safra (SOJA3): +26,18% - Jalles Machado (JALL3): +20,17% Piores ações do agro - AgroGalaxy (AGXY3): -58,57% - Minerva (BEEF3): -33,47% - Terra Santa (LAND3): -23,19% - Marfrig (MRFG3): -18,96% - JBS (JBSS3): -7,93%