Depois de ficar abaixo de R$ 4,70 em julho, o dólar ganhou força nas últimas semanas e voltou a se aproximar de R$ 5,20 no começo de outubro.

5 pontos para entender a disparada do dólar

CÃMBIO

A valorização da moeda americana tem entre os fatores os rendimentos dos Treasuries de 10 anos (título do Tesouro dos Estados Unidos), que estão nas máximas desde 2007.

Treasuries

Os Treasuries de 10 anos são considerados pelo mercado o mais próximo do livre de risco. Assim, com o título altamente rentável, os grandes investidores reduzem suas posições em ativos de risco nos mercados emergentes, como o Brasil.

Aversão a risco

A possibilidade de um novo aumento de juros nos EUA em 2023 também favorece a alta do dólar contra o real. Além disso, a expectativa do mercado é que as taxas comecem a cair lá apenas no segundo semestre de 2024.

Aperto monetário

Com a alta das taxas nos EUA e ciclo de cortes da Selic no Brasil, o diferencial de juros entre os dois países atingiu o menor patamar em mais de 15 anos. Logo, considerando risco e retorno, o dinheiro estrangeiro tende a migrar para lá e desvalorizar o real.

Diferencial de juros

Há ainda o componente político, com a disputa entre Democratas e Republicanos, que pode paralisar o governo Joe Biden às vésperas das eleições presidenciais. Com turbulências no radar, a cautela ganha força ante a tomada de riscos.

Incertezas políticas

Onde a taxa de juros americana vai parar?