SETOR FINANCEIRO
O Bradesco (BBDC4) anunciou no começo de maio que teve um lucro recorrente de R$ 4,2 bilhões no 1º trimestre de 2024. Embora isso signifique uma queda de 1,6% ano a ano, o resultado veio acima da previsão média de analistas, de R$ 3,8 bilhões. Mas o que esperar agora? Qual é a recomendação para as ações do banco?
Em relatório, o Itaú BBA apontou que o pior das provisões de crédito pode ter ficado para trás. "Mas avaliamos que a receita líquida de juros (NII, na sigla em inglês) levará mais tempo para se recuperar. Reduzimos nossas estimativas e o preço-alvo de Bradesco, reiterando nossa visão cautelosa."
Nesse sentido, o Itaú BBA diz que os resultados recentes do primeiro trimestre do Bradesco e a análise dos spreads históricos de originação de crédito ao varejo indicam pressões persistentes sobre os spreads para vários produtos-chave. "Uma mudança na composição leva tempo e pode ser mais arriscada."
Por isso, o Itaú BBA acredita no Bradesco a longo prazo, mas avalia que será necessário tempo e investimentos para o banco recuperar uma fatia do bolo de lucro da indústria financeira. "Projetamos que economias de despesas operacionais não serão evidentes até o próximo ano, momento em que a recuperação de receita deve ser mais proeminente."
Assim, as novas estimativas do Itaú BBA de lucro do Bradesco para 2024/2025 são de R$ 17,3/ R$ 23,2 bilhões, com um retorno sobre o patrimônio (ROE) de 11/14%. "Seguimos com recomendação neutra (desempenho em linha com a média do mercado) para BBDC4, com preço-alvo de R$ 15,50 por ação ao final de 2024 (de R$ 16 anteriormente)."