Não se engane: carro não é investimento

Em geral, veículos têm custos  que podem subir conforme o tempo de uso.

Carro é um bem durável e de uso. Ainda que você compre um carro que nunca foi usado, só de dar uma volta no quarteirão você já perde cerca de 20% se tentar vendê-lo meia hora depois da aquisição. 

Carro é investimento?

Mesmo quem compra um carro seminovo não conseguirá revendê-lo por um preço superior ao que pagou, até porque o automóvel já terá acrescentado uns quilômetros a mais de rodagem, com mais desgasta para as peças.

O conceito de investimento está diretamente ligado à ideia de você obter algum retorno financeiro sobre o montante aplicado, depois de um determinado tempo, aceitando os riscos do ativo .

Por que o carro não é um investimento?

“É o que te dá um retorno futuro”, afirma o planejador fiduciário Tiago Almeida. “Além disso, um investimento, respeitadas as regras do jogo, tem liquidez , ou seja, o dinheiro está na sua mão quando você precisa ou na data em que o ativo vence”.

Sim, mas, para que isso aconteça, é preciso que você tenha um cenário muito específico. O veículo deve te ajudar a construir uma renda e, a partir disso, ele mesmo começa a engordar essa renda. 

Pode se tornar um investimento?

1. Ele tem que estar quitado: financiamento significa que o veículo ainda depende do seu bolso; 2. Ele tem que gerar dinheiro: é o caso dos veículos utilizados em aplicativo de locomoção ou em transporte de cargas;

Como isso seria possível?

3. Se ele está quitado e gerar dinheiro, tem ainda que ser auto sustentável, ou seja: o que ele rende precisa bancar o que ele custa (seguro, combustível, consertos); 4. Depois de passar por essas três etapas, o veículo precisa, então, ajudar seu patrimônio aumentar.

A primeira coisa que você deve levar em consideração antes de comprar um carro é a real necessidade de você ter um veículo. “Onde a pessoa mora faz toda a diferença. Se é no campo, onde se tem pouco transporte público, pode ser algo mais necessário. Já numa cidade com grande com uma boa oferta de locomoção, um veículo pode não ser tão necessário”, afirma Tiago. 

O que é preciso considerar?

É preciso calcular o gasto anual do veículo, com seguro, IPVA, manutenção, depreciação do valor do carro, financiamento, combustível, estacionamento. A lista para você colocar na ponta do lápis é grande, não dá para agir por impulso.