entenda
Durante a Copa, o assunto futebol se torna dominante e a grande maioria dos brasileiros se torna um técnico de futebol em potencial. Agora, como seria uma Copa do Mundo dos Investidores?
O futebol e a Copa do Mundo nos oferecem uma excelente metáfora para a gestão de carteiras de investimento.
Gestores profissionais, ou mesmo pessoas físicas, precisam selecionar os melhores jogadores
e criar uma organização tática para o time
O objetivo é potencializar as qualidades de cada um, fazendo funcionar como uma equipe. Quem ganha o jogo é o conjunto do time (carteira), não o jogador (investimento) individualmente.
No jogo de futebol, parte dos jogadores são dedicados à defesa - como o goleiro, os defensores e os volantes. Enquanto outros jogadores, como os meias e os atacantes, têm por função fazer os gols.
Nos investimentos ocorre algo semelhante com os ativos defensivos, que são focados em manter o capital e protegê-lo da inflação. Ainda temos outros ativos que são os meias e atacantes, responsáveis por fazer o capital se multiplicar em longo prazo, fazer os gols para ganhar o jogo.
Assim como um time de futebol precisa que sua defesa e seu ataque sejam bem entrosados e equilibrados para ter sucesso, as carteiras de investimento que vencem em longo prazo, também são equilibradas. O colunista Rodolgo Olivo montou sua escalação de investimentos. Confira no próximo story!
Temos como vantagem, em relação aos técnicos de seleções nacionais, que podemos escalar jogadores estrangeiros (ativos internacionais) para nossa carteira. Quer entender as escolhas?
O goleiro é um elemento chave, precisa ser tecnicamente consistente e trazer segurança ao time, por isso foi escalado o Tesouro Selic, que entrega rentabilidade super consistente, quase sempre acima da inflação, além de ser considerado o investimento de menor risco da economia.
Para complementar o trabalho do goleiro, protegendo a carteira, foram escalados na defesa o ouro e o dólar, dois clássicos de proteção em momentos turbulentos, além do Tesouro IPCA Curto, que protege da inflação sem sofrer demais com a marcação a mercado por ter prazo curto.
Por fim, temos o CDB DI + spread, ou seja, CDB, usualmente de bancos menores, mas que paga taxas maiores que 100% do CDI. Apesar de haver algum risco de quebra do banco, há a cobertura do FGC, o que o faz um defensor sólido (desde que dentro dos limites do FGC).
Para o meio de campo, dois jogadores mais defensivos (volantes) e dois jogadores mais ofensivos (meias), apesar dos volantes poderem ajudar no ataque e os meias poderem ajudar na defesa. Mas é sempre possível trocar o esquema tático do 4-4-2 pelo de 4-3-3, tirando um volante mais defensivo para colocar outro atacante em mercados mais favoráveis.
Em momentos de maior risco, pode-se trocar para um 5-4-1, tirar um atacante e colocar mais um defensor na carteira para evitar perdas maiores. Muitas são as alternativas táticas e de escalação de investimentos. Cabe ao técnico (gestor) conhecer bem seus jogadores (ativos) e ter uma boa tática de jogo adequada a leitura correta do cenário econômico adiante.