Investidor resgata R$ 205 bi de fundos em 2023, e vai para CDBs e papéis isentos de IR

Foi a maior saída para um primeiro semestre na série histórica criada em 2022

- Ilustração: Felipe Mayerle
- Ilustração: Felipe Mayerle

A indústria brasileira de fundos de investimento registrou resgates líquidos de R$ 205 bilhões na primeira metade de 2023, com investidores transferindo recursos para produtos como CDBs e títulos isentos de Imposto de Renda, como LCAs e LCIs.

Os números são parte de um relatório divulgado nesta quinta-feira pela Anbima, e revelam que que esta foi a maior saída de recursos na primeira metade de um ano desde o início da série histórica iniciada em 2002.

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Segundo a entidade, os dados revelam maior atratividade de produtos bancários, como CDBs, ou aqueles cujos ganhos são isentos de imposto de renda, casos das letras de crédito do agronegócio (LCA) e das letras de crédito imobiliário (LCI).

As informações revelam a extensão de uma tendência que já vinha em marcha na segunda metade do ano passado, período em que os resgates nos fundos haviam superado os ingressos em R$ 177 bilhões.

Ainda de acordo com o relatório, as maiores saídas entre janeiro e junho deste ano foram concentradas nos fundos de renda fixa, com R$ 110 bilhões. Isso, mesmo num período de taxa de juros elevadas, com a Selic em 13,5% ao ano.

Outras classes de fundos com saídas significativas no semestre foram os de ações (R$ 38,5 bilhões) e os da classe multimercado, com R$ 53,7 bilhões.

Enquanto isso, o volume de recursos aplicados em CDBs em 2023 até maio cresceu em R$ 73,6 bilhões, e o total investido em LCAs avançou R$ 71,5 bilhões.

Por fim, o patrimônio dos LCIs teve expansão de R$ 49,5 bilhões.

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