Caso Milton Ribeiro: MPF cita ‘possível interferência ilícita’ de Bolsonaro; investigação vai ao STF

Procurador diz que, após apreensão de provas como áudios, foi detectado indício de vazamento da operação

O presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro em cerimônia no Palácio do Planalto. Foto: Clauber Cleber Caetano/Presidência
O presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro em cerimônia no Palácio do Planalto. Foto: Clauber Cleber Caetano/Presidência

O Ministério Público Federal apontou que houve indícios de vazamento da operação da Polícia Federal contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, deflagrada na última quarta-feira, e “possível interferência ilícita por parte do presidente da República Jair Messias Bolsonaro nas investigações”. Por isso, o MPF solicitou o envio do caso ao Supremo Tribunal Federal.

O MPF não apresentou detalhes da prova encontrada. Esse indício de vazamento teria sido apontado em um áudio encontrado com Milton Ribeiro.

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O juiz federal Renato Borelli, da 15ª Vara Federal do Distrito Federal, acolheu o pedido para enviar para o Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação contra Milton Ribeiro. De acordo com a decisão, o pedido para envio ao STF partiu do Ministério Público Federal “pois verificada a possível interferência nas investigações por parte de detentor de foro por prerrogativa de função no Supremo”.

Na quinta, o delegado do caso, Bruno Calandrini, havia escrito uma mensagem a colegas dizendo que houve interferência da cúpula da PF para que Milton Ribeiro, após sua prisão, não fosse transferido para a carceragem da PF no Distrito Federal. Ele, entretanto, não citava nenhuma autoridade responsável por essa suposta interferência.

Com isso, caberá ao STF e à Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar as provas para avaliar se a investigação deverá permanecer no Supremo ou se volta à primeira instância.

Por Bela Megale e Aguirre Talento

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