Selic completa um ano de sucessivas altas no maior patamar desde abril de 2017

A indicação do BC é de que na próxima reunião a Selic sofrerá uma nova alta de 1 p.p, com a Selic chegando a 12,75% ao ano

Foto: Leo Pinheiro/Agência O Globo
Foto: Leo Pinheiro/Agência O Globo

O Banco Central (BC) completou um ano do ciclo de elevação da taxa básica de juros, nesta quarta-feira, subindo a Selic de 10,75% para 11,75%. Essa é a nona alta seguida nos juros desde março de 2021, quando ela estava no menor patamar da história em 2%.

Com essa nova alta, os juros chegam ao maior nível desde abril de 2017, quando a Selic passou para 11,25% ao ano. As elevações não devem parar por aí, já que a sinalização do Banco Central é de que os juros continuarão subindo neste ano por conta da inflação ainda alta e dos impactos da guerra entre Ucrânia e Rússia nos preços.

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A indicação do BC é de que na próxima reunião a Selic sofrerá uma nova alta de 1 p.p, com a Selic chegando a 12,75% ao ano.

No comunicado, o Banco Central ressaltou que o conflito na Europa levou a um cenário externo “substancialmente” deteriorado, a um aperto nas condições financeiras e ao aumento da incerteza no cenário econômico mundial.

“Em particular, o choque de oferta decorrente do conflito tem o potencial de exacerbar as pressões inflacionárias que já vinham se acumulando tanto em economias emergentes quanto avançadas”, apontou.

Apesar dessa tendência, a decisão desta quarta-feira significou uma diminuição da intensidade do aperto monetário. As duas últimas reuniões foram de alta de 1,5 p.p em cada, mas esse movimento já havia sido sinalizado pelo BC na última oportunidade.

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Com isso, o Banco Central ganha tempo para acompanhar os impactos da guerra entre Ucrânia e Rússia na inflação e na atividade econômica brasileira.

No documento que informou a decisão, o Copom ressaltou que a alta dos juros visa combates os efeitos do choque de oferta de muitas commodities, que tem efeito desafado na inflação e ressalta que o momento é de muita incerteza e cuidado.

“O Copom avalia que o momento exige serenidade para avaliação da extensão e duração dos atuais choques. Caso esses se provem mais persistentes ou maiores que o antecipado, o Comitê estará pronto para ajustar o tamanho do ciclo de aperto monetário. O Comitê enfatiza que irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, ressaltou.

Com agências.

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