Bolsas de NY sobem após CPI indicar desaceleração dos preços mais forte do que o esperado

Ìndices acionários de Nova York operam em forte alta nesta quarta-feira, após os dados de inflação ao consumidor de julho indicarem uma desaceleração muito acima do esperado

Veja o desempenho das bolsas de NY -  Foto: Richard Drew/AP
Veja o desempenho das bolsas de NY - Foto: Richard Drew/AP

Os índices acionários de Nova York operam em forte alta nesta quarta-feira, após os dados de inflação ao consumidor de julho indicarem uma desaceleração muito acima do esperado, reforçando o argumento a favor de uma redução do ritmo de alta dos juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano).

Às 10h55, o índice tecnológico Nasdaq liderava os ganhos em Wall Street, em alta de 2,06%, enquanto o S&P 500 sobe 1,66%, a 4.190,78 pontos, e o Dow Jones avança 1,50%, a 33.264,85 pontos. Os três índices apagam, com estes avanços, as perdas das duas últimas sessões, acumulando ganhos de cerca de 0,8%, 1,1% e 1,4% na semana, respectivamente.

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O índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) indicou que a inflação ficou estável em julho, na comparação com o mês anterior, e recuou a 8,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, ficando abaixo tanto da leitura de junho, de 9,1%, quanto da expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de alta de 8,7% no período.

O dado abre espaço para que o Fed reduza o ritmo de alta dos juros, e os mercados financeiros americanos reagiram com uma forte melhora do humor. Os futuros dos Fed Funds, usados pelos investidores para avaliar as apostas na trajetória futura de juros, passaram a indicar uma probabilidade de 62,5% de que o BC americano eleve os juros em apenas 0,5 ponto percentual na próxima reunião, de setembro, revertendo as apostas majoritárias em um movimento de 0,75 p.p.

“Não é sempre que temos surpresas agradáveis em torno dos dados de inflação nos EUA, então os números de julho são algo a ser comemorado”, disse James Knightley, economista-chefe internacional do ING, em nota.

Knightley aponta, porém, que “é importante lembrar que há mais um relatório de empregos e outro de inflação antes da reunião de 21 de setembro [do Fed]. A inflação permanece longe da meta, a economia somou mais de meio milhão de empregos no mês passado e três quartos do PIB devem se recuperar, com base nos dados do consumidor. Some a tudo isso a contribuição positiva do comércio exterior e um efeito menos negativo dos estoques, e o argumento a favor de uma terceira alta de juros de 0,75 ponto percentual do Federal Reserve em setembro permanece forte”.

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As ações de setores como o de tecnologia e de serviços de comunicação, que são especialmente sensíveis às expectativas de juros, sobem 2,04% e 2,51% no S&P 500, respectivamente, ajudando a impulsionar também o índice tecnológico Nasdaq. As ações do setor de consumo discricionário também anotam ganhos acentuados hoje, subindo 2,20% no índice amplo de Wall Street.

No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano, que anotavam leve alta antes da divulgação do CPI, operavam em queda no horário acima. O yield do papel americano de dez anos recua a 2,721%, de 2,785% do fechamento anterior, enquanto o de dois anos cai a 3,120%, de 3,259%.

Já o dólar, que normalmente se beneficia da expectativa de juros mais elevados, também opera em queda frente às principais divisas globais. O índice dólar DXY opera em forte queda de 1,15%, a 105,151 pontos.

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