A super quarta vem aí com decisões cruciais sobre juros no Brasil e nos EUA

A variável mais importante na equação da economia e das finanças mundiais neste ano tem sido a taxa de juros

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A variável mais importante na equação da economia e das finanças mundiais neste ano tem sido a taxa de juros. Com a inflação nos mais elevados níveis da história em muitos países, os bancos centrais ao redor do globo têm usado de uma política monetária agressiva para tentar frear o aumento dos preços.

No Brasil, desde março de 2021, a taxa básica Selic saiu de 2% ao ano para 12,75% ao ano. Nos Estados Unidos, passou de 0-0,25% ao ano em março de 2022 (sim, um ano depois de o BC brasileiro começar a agir) para 0,75%-1% ao ano atualmente. Na semana que começa, mais precisamente na quarta-feira (15), as autoridades monetárias de ambos os países anunciarão se vão aumentar mais um pouco as respectivas taxas ou não.

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A ampla expectativa dos especialistas é de que sim: a Selic deve subir para 13,25% ao ano no Brasil, enquanto a taxa americana deve passar para 1,25%-1,5% ao ano.

Nesse cenário, os investimentos em renda fixa ficam mais atraentes e os de maior risco, como a Bolsa de Valores, menos. Além desse efeito direto na remuneração das aplicações financeiras, a política monetária influencia o próprio valor dos ativos. Por exemplo, as empresas de varejo, cujos consumidores muitas vezes dependem de financiamento para comprar, se tornam menos interessantes porque devem lucrar menos.

As decisões dos bancos centrais nesta semana levarão os investidores a ajustar suas carteiras. Mais importante ainda, porém, é a sinalização das autoridades monetárias sobre os passos seguintes. Depois da divulgação, na sexta passada (10), de que a inflação ao consumidor dos EUA ficou em 8,6% nos 12 meses até maio, o maior índice desde 1981, as expectativas de que a trajetória de alta dos juros estaria perto do fim perderam força.

AGENDA DA SEMANA

Terça-feira (14)

Últimas em Economia

  • 9h: crescimento do setor de serviços em abril, pelo IBGE
  • 9h30 – EUA: índice de preços ao produtor de maio

Quarta-feira (15)

  • 8h: IGP-10 de junho, pela FGV
  • 9h30 – EUA: vendas no varejo de maio
  • 11h30 – EUA: estoques de petróleo bruto
  • 15h – EUA: decisão de taxa de juros
  • 15h30 – EUA: entrevista coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed, sobre a decisão de taxa de juros
  • 18h: decisão do BC brasileiro sobre a Selic

Quinta-feira (16)

Mercado fechado no Brasil – feriado de Corpus Christi

  • 9h30 – EUA: licenças de construção de maio
  • 9h30 – EUA: pedidos iniciais de seguro-desemprego

Sexta-feira (17)

  • 9h45 – EUA: discurso de Powell
  • 10h15 – EUA: produção industrial de maio

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