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APRENDA

Renda fixa: os melhores títulos com a eleição de Lula

Desde a vitória de Lula, houve oscilações na Bolsa, no dólar e em empresas como a Petobras. Outra modalidade que pode vir a  ser impactada é a  renda fixa.

A entrega da minuta com os itens e os valores da PEC de transição inclui o Bolsa Família de R$ 600, o aumento do salário mínimo em 1,4% acima da inflação e a redução de imposto para combustíveis.

Renda fixa com a vitória do Lula

As promessas do futuro presidente custam. Dependendo de quanto sairá do teto de gastos no início do governo, poderemos ver pressões inflacionárias mais intensas — o que mexe com a curva de juros.

Segundo Antonio van Moorsel, diretor do Advisory da Acqua Vero Investimentos, a vitória do Lula pode movimentar essa curva. "O Banco Central já sinalizou uma preocupação sobre o futuro arcabouço fiscal". O Copom, por exemplo, pode optar por uma manutenção mais longa da alta da Selic.

Atenção nesses títulos!

Quanto aos títulos pós-fixados, Antonio acredita que podem se beneficiar pela melhor relação de risco e retorno, uma vez que a manutenção longa da Selic pode fazer a taxa começar a cair no segundo semestre de 2023.

Quem quer diversificar  também pode colocar uma parcela em títulos atrelados à inflação, pois é uma alternativa para blindar o patrimônio e garantir a preservação do poder de compra.

Por conta da incerteza fiscal, é preciso cautela com os títulos prefixados, apesar de serem atrativos.

Atenção com a liquidez

Fundos DI e CDBs  devem prezar pela liquidez! Em um cenário com títulos atrelados à curva da taxa de juros, é necessário que o investidor tenha uma alocação que possa ser resgatada no curto prazo, com liquidez  diária.

De acordo com Camilla Dolle, diretora de renda fixa da XP:  "Mesmo com propostas de Lula para intensificar a abertura de crédito de bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, para famílias endividadas, além de micro e pequenos empreendedores, a rentabilidade dos CDBs não deve mudar, porque a maioria deles são pós-fixados e acompanham a taxa Selic  ou a taxa DI — atrelada aos juros".

Entretanto, ainda é muito cedo para avaliar os efeitos da nova política de crédito do próximo governo. De qualquer forma, é interessante que o investidor fique de olho em como Lula usará as linhas de crédito do BNDES.

Continue acompanhando a IF e fique por dentro das atualizações do governo Lula.