O Copom reduziu a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, de 13,75% para 13,25% ao ano.
O Copom deu início ao ciclo de cortes da Selic após 7 reuniões consecutivas em que a manteve estacionada. Os dirigentes da autarquia reduziram a taxa em 0,50 ponto porcentual (p.p.), de 13,75% para 13,25% ao ano.
Após a decisão dividida do Copom, em que venceu a ala liderada por Roberto Campos Neto, que votou por um corte mais agressivo da taxa de juros, os economistas começam a revisar as projeções para a taxa terminal da Selic em 2023.
O ritmo de cortes da taxa Selic pode acelerar no final de 2023, afirmou o Itaú Unibanco após o Copom ter reduzido a taxa em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano. O colegiado sinalizou que fará cortes da mesma intensidade nas próximas reuniões.
Até o fim de 2023, haverá mais três encontros do Copom: 19 e 20 de setembro, 31 de outubro e 1º de novembro e 12 e 13 de dezembro. Três outros cortes de 0,50 ponto levariam a taxa básica a 11,75%.
A taxa de juros nas alturas é uma forma de controlar a inflação, pois desestimula o consumo e deixa o crédito mais caro. Porém, é mais recessivo, afetando o crescimento da economia e a geração de empregos.
Quando há uma queda na Selic, a tendência é de que as instituições financeiras acompanhem e diminuam as taxas de juros. Isso acaba tornando o crédito mais acessível para a população.
A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou que o início do ciclo de cortes na Selic já permite ao banco melhorar as condições na concessão de crédito. Ela disse ainda que a redução dos juros foi apoiada por um cenário favorável na economia.
A magnitude do corte da Selic pegou de surpresa os investidores de renda fixa, que temem uma possível redução no retorno de seu portfólio. No entanto, o impacto não será sentido. Mesmo após os cortes, a expectativa para a renda fixa em 2023 é superior ao resultado de 2022.