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Como investir com a Selic em 13,75% ao ano?

Quando os juros estão subindo, é fácil saber o que fazer com seu dinheiro. Mas e quando o Copom mantém, pela 5ª vez a Selic no mesmo patamar, de 13,75% ao ano?

Neste caso, o melhor a fazer é: entender o ciclo. Ele está em um ponto de inflexão para descida ou seguirá em alta? 

Isso porque o próximo movimento deve ser de descida. A estratégia, então, é travar as aplicações antes que começe a cair.

Para Fernando Siqueira, chefe de análise da Guide Investimentos, o BC deve pegar mais leve nas taxas, e o momento é de olhar para prefixados de curto prazo.

O que o BC deve fazer daqui para frente?

Para Ricardo Aragon, sócio-fundador da Matriz Capital, os títulos indexados pelo IPCA estão interessantes e oferecerem dupla proteção.

Por que escolher títulos indexados à inflação?

O especialista Clayton Calixto pontua que os títulos tiveram queda no retorno recente, com a alta das taxas de juros até o patamar atual. 

Mas ainda assim são uma ótima forma de manter os ganhos reais, sem perder poder de compra.

Investimentos que acompanham a taxa básica de juros são o indicado, porque a Selic está atrativa e não vale se aventurar no risco.

O que deve acontecer com a inflação?

Especialistas destacam que a inflação continua pressionando, o que inviabiliza que o BC faça cortes significativos na Selic no curto prazo.

O CDI continua imbatível. Num período de 12 meses, ele passa todos os indicadores da Anbima.

Por que escolher investimentos atrelados ao CDI?

O crédito privado, por exemplo, continua em baixa pela ressaca da crise das Americanas e Light. Com receio de calote, os investidores tem debandado desses papéis.

Com algumas exceções, o cenário ainda é desfavorável para investir em ações. A aversão ao risco, no geral, reina.

Por que evitar a renda variável?

Quer se expor à bolsa e gosta de risco? É indicado ficar em ações boas pagadoras de dividendos, como do setor de energia. 

Mas evite os bancos.

Tanto o Fed, como o BCE aumentaram as taxas básicas de juros para conter a inflação, apesar da crise bancária do Credit Suisse e do SVB.

Dólar

Pela dificuldade das instituições financeiras, as autoridades podem encurtar o período de aumento das taxas.

Ou seja, a janela de juros fartos da renda fixa internacional pode se fechar em breve. Por isso, o momento é propício para diversificar na renda fixa em dólar.

Com o ciclo de juros no Brasil estabilizado,  o país perde um pouco de atratividade para o estrangeiro. 

Isso diminui o fluxo de dólar, o que faz com que a moeda se valorize ante o real. A exposição cambial na renda fixa pode ser uma oportunidade de se proteger do risco Brasil e da perda de valor da nossa moeda.

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