Um oásis e a Faria Lima têm tudo a ver. Seja em um deserto ou na árida taxa de vacância de fundos imobiliários de lajes corporativas, são locais de segurança e que se destacam em um ambiente mais desafiador.

Vale a pena investir em fundos de lajes corporativas fora da Faria Lima?

INVESTIMENTOS

A microrregião, importante para empresas e investidores, tem alta ocupação de escritórios e se recupera da pandemia. Mas o resto do Brasil, não.

Portanto, para o investidor pessoa física, vale a pena investir em fundos de laje corporativa fora da Faria Lima? Gestores avaliam que fundos com escritórios em outras regiões de São Paulo, como os da Avenida Chucri Zaidan, na Zona Sul, estão ensaiando uma recuperação e podem ser oportunidades. Fora de São Paulo, o investidor deve prestar mais atenção na qualidade do portfólio e seguir as seguintes dicas.

A região tem a menor taxa de vacância entre fundos de lajes corporativas de São Paulo. Enquanto a cidade enfrenta uma desocupação de 23% em escritórios, a avenida da Zona Oeste, a região do shopping JK Iguatemi e dos Jardins tem 5%.

Faria Lima: onde estão os melhores fundos de lajes corporativas?

Segundo Rodrigo Abbud, sócio da VBI Real Estate, a Faria Lima traz um diferencial bastante atrativo: A oferta de novos imóveis se desenvolve de forma controlada, uma realidade não prejudicial ao proprietário. E nas regiões de Itaim e Jardins (bairros vizinhos) há menos projetos capazes de modificar os preços locais. A oferta reduzida da Faria Lima, torna mais desafiador para que empresas se mudem dos escritórios atuais. Além disso, tem o efeito de inflacionar os contratos de aluguel vigentes.

Fora do condado, os fundos de lajes corporativas enfrentam uma realidade um pouco mais desafiadora. Mas Abbud observa que existe uma tentativa de se levantar dos efeitos da pandemia. Pelo menos na Avenida Chucri Zaidan. Especialistas avaliam que existe o ensaio de uma recuperação no mercado de escritórios especialmente em regiões vizinhas à Faria Lima. Com o aumento dos preços dos aluguéis, algumas empresas devem migrar para regiões adjacentes.

Avenida Chucri Zaidan, Marginal e Alphaville são mais desafiadoras

Sócio-diretor da Inter Asset do segmento imobiliário, Mauro Lima vê regiões adjacentes à Faria Lima, e da JK, como “mais promissoras”. Abbud, no entanto, acredita que o ritmo não é tão positivo ainda nas regiões corporativas de São Paulo. “Para chegar em um equilíbrio de produção, oferta e demanda que confirme a recuperação do mercado, entendemos que vai levar cerca de três anos.”

Entre Barueri e São Paulo, o segmento de escritórios sofre com alta vacância e preços médios de aluguéis que favorecem o inquilino. Em Alphaville, a taxa de vacância para imóveis de alto padrão é de 33,5%. Fernanda Rosalem, head de Investimentos da Paladin Realty Partners, diz que fora do eixo comercial mais nobre de São Paulo, existe carência infraestrutura. No caso de Alphaville, por exemplo, não há acesso fácil por transporte, então empresas evitam a região.

Fora de São Paulo, fundos sofrem com alta vacância e riscos

Tudo depende do perfil de investidor: se ele procura uma tese de capitalização ou de rendimento, avalia Bruno Viveiros, analista de fundos imobiliários da Warren. Na tese de investimento em FIIs da corretora, os fundos imobiliários com maior exposição à Faria Lima, como o PVBI11, são os preferidos.

Dicas para investir em FIIs de lajes corporativas fora da Faria Lima

Fernanda, da Paladin, dá mais dicas para o investidor ao analisar FIIs: – Risco: o fundo deve mitigar ativos de maior risco com apostas seguras – Diversificação: tomar cuidados com fundos que têm apenas um locatário ou um imóvel – Pagamentos: fundos mais expostos aos riscos devem pagar dividendos maiores para compensar – Gestão: analisar o gestor e os movimentos feitos para compensar a saída de um locatário, por exemplo

Dicas para investir em FIIs de lajes corporativas fora da Faria Lima