A Casas Bahia, antiga Via (VIIA3), negocia suas ações na bolsa de valores brasileira (B3) sob um novo ticker (código) – o BHIA3 - desde 20 de setembro.

Por que a Casas Bahia (BHIA3) está derretendo na bolsa? É hora de vender?

ECONOMIA

A troca de Via para Casas Bahia estabelece o início de uma nova fase, com o resgate da marca da rede de lojas mais conhecida do grupo e a adoção de um plano para trazer mais de R$ 3 bilhões em novas receitas, envolvendo ainda venda de ativos e corte de custos.

Mudança de nome

A mudança de rota, no entanto, se dá em um momento de turbulência nos preços das ações, abaladas pela visão negativa do mercado em relação ao endividamento do grupo e à sua capacidade de operar de forma saudável financeiramente.

Não caiu bem

A ação da companhia (BHIA3) iniciou o pregão desta semana (25 a 29 de setembro) negociada em torno de R$ 0,65, transformando o papel, um dos com mais operações na B3, em uma “penny stock” – quando a ação é cotada na casa de centavos.

Penny stock

A queda se acentuou no último mês, quando as ações, ainda VIIA3, caíram cerca de 60%, sobretudo após o follow on (nova emissão de ações) realizado no dia 14. O grupo buscava levantar R$ 1,1 bilhão, mas conseguiu só R$ 623 milhões, com desconto de 28%.

O que explica o tombo?

Ainda para piorar, na véspera da operação a dívida da empresa foi rebaixada pela agência Standard & Poor’s, levando ao temor de que os detentores de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) do grupo pedissem o resgate antecipado dos títulos.

Avaliação negativa

O CEO da Casas Bahia, Renato Franklin, no cargo desde abril, se volta agora para tentar tranquilizar o mercado. Ele insiste que a dívida da empresa não é preocupante, apesar do cenário de juros altos e crédito escasso depois do caso da Americanas. Nega também que a empresa esteja rumando a uma recuperação judicial.

Cenário de atenção

Renato Franklin conta que a estratégia de reformulação da marca está dividida em três frentes de cerca de R$ 1 bilhão cada uma, envolvendo novas receitas e corte de custos, venda de ativos e diminuição de estoques, segundo o CEO da empresa. “Há uma percepção equivocada de risco da companhia”, defende o CEO.

Plano de recuperação