Veja as melhores opções de empresas listadas na bolsa para quem quer ter retorno rápido.
RENDA VARIÁVEL
A renda variável pressupõe uma dose de risco e de imprevisibilidade. Para driblar esse cenário, analistas estudam as empresas e os movimentos de mercado para antecipar as ações que vão performar melhor. Mas, vale ressaltar que as recomendações não estão imunes a surpresas e fatores inesperados.
A Inteligência Financeira reuniu as recomendações de Celso Grisi, professor da FIA Business School, e a carteira Excess, do banco BTG Pactual, que tem como foco os investimento de curto prazo.
Para o professor Celso Grisi, as dificuldades enfrentadas recentemente pela Marfrig (MRFG3) nas negociações com a China deixaram as ações da empresa mais baratas do que o potencial da companhia. “A ação está muito barataem razão desses episódios e pode voltar a ter uma boa cotação na bolsa”, avalia.
Para o especialista, a ação da instituição financeira é recomendável “para o curto, para o médio e para o longo prazo”. “É uma ação que tradicionalmente distribui bons dividendos. Isso é ótimo para quem quer investir”, explica Celso Grisi.
“É uma empresa bem administrada, com boa distribuição de dividendos e o preço me parece razoável”, resume o especialista. “O caso da Vivo (VIVT3) é curioso porque é uma empresa sólida, que distribui quase o total dos lucros entre os sócios”, prossegue Celso Grisi.
Para o professor, a Gerdau (GGBR4) enfrenta a redução da demanda por aço em função da retração na China e também na União Europeia. Mas pondera que o setor imobiliário chinês promete uma recuperação e que no Brasil “esse setor começa a andar muito mais rápido do que nós imaginamos”.
O especialista acredita que o preço da ação está atualmente atrativo, tendo passado por uma tendência recente de baixa. Ele cita as observações sobre a saúde financeira da empresa, mas afirma que tratar-se de uma companhia sólida.
Uma vez que os preços estão mais competitivos e convidando para esse tipo de investimento, esse é um bom momento para a Mitre. “É uma ação que distribui dividendos de uma maneira muito boa. E, por outro lado, tem uma solidez grande”, conclui o professor.
Os analistas argumentam que a Arezzo (ARZZ3) vem se beneficiando desde 2021 com a demanda de consumo reprimida durante a pandemia da covid-19. Da mesma maneira, consideram que a empresa vem apresentando uma expansão resiliente no mercado local e que se destacou por adicionar ao portfólio marcas como Vans e Reserva.
O BTG Pactual ressalta que a B3 (B3SA3) não só tem margens muito altas como também é uma grande geradora de caixa e paga tudo isso aos seus acionistas. “Há muito tempo reiteramos a B3 como uma de nossas opções preferidas para ativar o modo ‘risk-on’ nos mercados de capitais do Brasil” escrevem os analistas.
De acordo com o relatório, a CCR (CCRO3) deve se beneficiar do novo PAC anunciado pelo governo. Isso deve ocorrer uma vez que está previsto um orçamento de R$ 62 bilhões para novas concessões ferroviárias e outros R$ 51 bilhões para as concessões existentes. Esse movimento ocorre ao mesmo tempo em que a empresa promove melhorias de gestão.
De acordo com o relatório, a empresa vem apresentando fortes resultados operacionais. Por outro lado, anunciou dividendos extraordinários na divulgação de resultados do 2º trimestre de 2023.
A Cosan (CSAN3) possui “exposição a setores onde o Brasil possui vantagens competitivas, tornando-se boa referência de longo prazo”,avaliam os especialistas. Da mesma maneira, a alavancagem da empresa parece estar se aproximando do pico.
Como resultado das recentes mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, com aumento nos subsídios, a Cury (CURY3) deve se beneficiar por estar bem posicionada para aproveitar esse momento. Isso uma vez que “a empresa está entregando margens altas e tem um forte pipeline de projetos a serem lançados em 2023”.
Em comparação com concorrentes, a Vamos (VAMO3) apresenta condições de compra superiores, capacidade comercial única, rede de venda de ativos usados sem paralelo, oportunidade de “oceano azul” com baixa penetração do aluguel de caminhões e máquinas no Brasil e baixa concorrência comparativamente.
De acordo com o relatório, a atual precificação desconsidera “o cenário topdown de um setor mais favorável à frente, mas também importantes marcos específicos da empresa que irão impulsionar geração de caixa e acelerar o crescimento dos lucros”.
Os analistas observam que “os fundamentos da Weg estão mais sólidos do que nunca, refletindo a sua entrega de resultados”. Como perspectiva para o cenário atual, prosseguem argumentando que a Weg (WEGE3) deve se beneficiar de diversas tendências de mercado, em especial da mobilidade elétrica, da busca por eficiência energética, da digitalização e automação, e da energia renovável.