Mercado Financeiro
A última decisão do Copom de cortar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 11,75% ao ano, fez com que o rendimento do CDB a 100% CDI passasse a ser inferior a 1% ao mês. Agora, os certificados de depósito interbancários atrelados ao DI têm rendimento anual de 11,65%, ou 0,97% mensal.
Mesmo com o rendimento do CDB em queda, a perspectiva é de que ativos pós-fixados devem permanecer atrativos, avisa Igor Cavaca, head de gestão da Warren. Ian Lima, analista de renda fixa da Inter Asset, também acredita que o rendimento do CDB atrelado ao CDI continua sendo um bom investimento e um dos mais “seguros”.
Apesar de continuar um bom investimento, a queda no rendimento do CDB mostra que está na hora de mudar a carteira de renda fixa. Especialistas defendem uma exposição maior à títulos atrelados à inflação e prefixados, no âmbito dos títulos do Tesouro Direto.
Já Ricardo Espindola, head de crédito da Porto Asset, afirma que o investidor pode recorrer ao mercado de crédito e de fundos para substituir o rendimento do CDB ou do Tesouro Selic.
Após o último corte da Selic, conforme a explicação de Ian Lima, a carteira de renda fixa ideal é composta em: · 35% no Tesouro IPCA 2026 e Tesouro IPCA 2028 e · 15% no Tesouro IPCA+ 2050 (com cupons semestrais) · 30% no Tesouro Selic de 2029 e · 20% no Tesouro Prefixado 2027
Já de acordo com Lucas Queiroz, do Itaú BBA, a carteira de renda fixa recomendada ao investidor que busca retorno em 12 meses, no curto prazo, é a seguinte: · 30% no Tesouro Selic 2026 · 40% no Tesouro Prefixado · 10% no Tesouro Prefixado · 20% no Tesouro IPCA+ 2045