Qual é a renda fixa preferida pelos especialistas após a queda de juros?

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Títulos prefixados e NTN-Bs disparam após queda de 0,25 ponto percentual da Selic. Veja como investir na renda fixa com a Selic a 10,50% ao ano

Desde quarta-feira, quando a última reunião do Copom terminou com a queda de 0,25 ponto percentual da Selic, a Inteligência Financeira vem conversando com especialistas em investimentos para entender, nesse novo cenário, qual tipo de investimentos é mais interessante.

Títulos prefixados, pós-fixados ou NTN-Bs?

Camila Fioravante, especialista em portfólio e recomendações de investimentos do banco Itaú, já vem dizendo desde o começo do mês que a aplicação mais segura e com melhor custo-benefício no momento são os títulos atrelados à inflação, as NTN-Bs. “Estão pagando prêmios ótimos. Eu acho os prefixados com muito risco implícito, principalmente para prazos mais longos”, afirma. “Essa queda de 0,25% da Selic  e esse cenário de um BC dividido já fazia parte de nosso cenário-base há algum tempo”, afirma.

E qual a resposta?

Kaique Fonseca, especialista em renda fixa e sócio da A7 Capital, diz gostar da opção. “Se eu tivesse um único dinheiro, eu colocaria no título atrelado à inflação”, conta. Segundo ele, o prêmio de 6,33% ao ano para um título com vencimento em 2035, como é possível encontrar no mercado, pode deixar o investidor perto do tão sonhado retorno de 1% ao mês.

As NTN-Bs parecem consenso

Os prefixados de curto prazo também parecem consenso entre os especialistas. “Prefixado, eu iria até o prazo de dois anos”, diz Jayme Carvalho, economista da SuperRico. “No cenário atual, depois desse Copom, eu prefiro os títulos de inflação a partir de dois anos. Pode ser o com vencimento em 2029, que paga IPCA + 6,28%. É muita taxa e uma volatilidade  baixa”, diz.

Curto prazo