Na batalha entre os queridinhos da renda fixa, é preciso entender o que cada um promete e cumpre, além dos riscos e os rendimentos de cada produto.
INVESTIMENTOS
No CDB, você empresta dinheiro para a instituição em troca de um rendimento definido no momento da compra. Essa rentabilidade pode ser: uma taxa pré-fixada; um percentual do CDI, que acompanha a Taxa Selic ou um prêmio sobre a inflação (IPCA + uma taxa adicional).
A modalidade mais conhecida é o CDB de liquidez diária, que rende em torno de 100% do CDI. Esse é o queridinho de muitos investidores por permitir acesso rápido e fácil aos recursos em caso de necessidade.
O Tesouro Direto é o programa de compra simplificada de títulos públicos, emitidos pelo Tesouro Nacional. Os títulos do Tesouro Direto contam com 3 formas diferentes de remuneração: pós-fixada, atrelada à taxa Selic; prefixada e um misto das duas coisas.
Os títulos com vencimento mais curto hoje têm as seguintes rentabilidades: Tesouro Selic (12,77% a.a., Selic + 0,02%); Tesouro Prefixado (10,70% ao ano) e Tesouro IPCA+ (10,60% a.a., IPCA + 5,60% a.a.).
Na marcação a mercado, os preços dos títulos oscilam ao longo do tempo de acordo com as condições de mercado. Caso você compre um título do Tesouro Prefixado ou do Tesouro IPCA+, isto significa que você estará sujeito às condições de mercado em caso de retirada antecipada.
Os CDBs com rendimento de 100% do CDI costumam render perto da variação da Selic, enquanto o Tesouro Selic tem garantida a taxa mais um pequeno adicional. Portanto, o Tesouro Selic rende mais que o CDB de liquidez diária nesse recorte.
Quando se observam CDBs com prazos mais longos, há opções de títulos com rendimento bastante superiores aos do Tesouro Direto.
Existem duas coisas a serem frisadas: a primeira é que os CDBs contratam essa rentabilidade por um prazo bem mais curto, de 4 a 7 anos, enquanto o Tesouro Direto tem títulos com prazos de mais de 30 anos. A segunda é o risco, que existe de forma mais presente no crédito privado.