Saiba o que defende o grupo terrorista palestino, por que ele atacou Israel e como os países vizinhos devem reagir à guerra.
GUERRA EM ISRAEL
No último sábado, o grupo terrorista Hamas lançou uma ofensiva que iniciou uma guerra com Israel. O ataque pegou as forças de segurança do país de surpresa e foi um dos maiores do grupo islâmico desde sua fundação.
Entre centenas de mortos dos dois lados, a guerra entre Israel e Hamas não deve durar semanas, mas meses, segundo especialistas. O conflito tem o potencial de alterar o xadrez geopolítico da região, com Israel e Irã à frente das peças.
O Hamas é um grupo de militantes sunitas que defende a extinção do Estado de Israel. Para o grupo, a nação hebraica é ilegítima e ocupa território da Palestina, região sagrada contestada pelo judaísmo e islamismo.
Uma das hipóteses é de que o Hamas tenha sido apoiado pelo Irã. Apesar de haver divergências religiosas entre os dois, um é xiita e o outro é sunita, a invasão seria vantajosa para o Irã, porque enfraquece a influência israelense na região.
O Irã apoiou o Hamas, mas negou que tenha participado do ataque. A Arábia Saudita diz que é preciso uma solução pacífica. Os Emirados Árabes e o Egito reagiram de maneira comedida. O Catar tomou uma medida para mediar as negociações de reféns entre Israel e o Hamas.
Não há horizonte de paz para a guerra em Israel. O país pode intensificar operações em Gaza como retaliação aos ataques. Um possível desdobramento que prolongaria o conflito é um novo combate com o grupo terrorista Hezbollah, ao norte de Israel e na fronteira com o Líbano.
Os EUA são um parceiro de longa data de Israel. Enquanto o conflito se restringe à faixa de Gaza, os norte-americanos negaram a intenção de participar ao lado das forças israelenses. Mas o presidente americano Joe Biden demonstrou apoio incondicional ao país.
O efeito principal pode ser o aumento dos preços de petróleo, commodity que é abundante na região do Oriente Médio. Desde os ataques do Hamas no sábado, os contratos futuros para janeiro de 2024 do barril de óleo Brent subiram de US$ 83 para US$ 86.