Em 2019, o Brasil recebeu os primeiros fundos de investimento de cannabis. O desenvolvimento do mercado, principalmente lá fora, se deu pelos diversos usos da erva – em medicamentos, cosméticos e outros produtos.
INVESTIMENTOS
De lá para cá, sem grandes novidades. Por ser um setor pouco explorado, existem poucos fundos. Ainda não existe clareza sobre os objetivos por trás das possibilidades de investimento. Além disso, segundo especialistas, como reflexo desses fatores, o legislativo brasileiro não consegue evoluir na legislação em nenhuma das frentes. O que não traz segurança aos investimentos.
As incertezas desse mercado refletiram no desempenho dos dois principais fundos brasileiros. O Vitreo Cannabis Ativo Fia teve um retorno bruto negativo de 72,10% em relação ao CDI em 2022. Em 2021 o retorno negativo ficou em 27,66%. O Trend Cannabis, da XP, também ficou no negativo: 58,61% em 2022 e 23,44% em 2021.
Procurados pela Inteligência Financeira, a Empiricus afirmou ter uma posição bem pequena no fundo de cannabis. E a XP Investimentos preferiu não comentar o tema.
Na visão de especialistas, o setor de cannabis por aqui ainda é incipiente.
Acredita-se que toda aposta pode gerar grandes frutos, mas há uma visão mais cética neste momento. É considerado um setor pouco maduro, que enfrenta resistência das pessoas em geral e falta de clareza na atuação do legislativo.
Exemplificando, o pouco volume de negócios de derivados de cannabis do Brasil é de drogas com prescrição médica, que tem um volume mínimo, principalmente pelo alto preço dos medicamentos.
No futuro, a abertura de mercado, ao menos para derivados de cannabis, impulsionaria negócios e, consequentemente, os fundos do tipo. Mas não há previsões para tal acontecimento.