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O que devo saber antes de investir em uma empresa?

Toda rotina de investimento começa com a expectativa de lucro. Quando se investe em empresas de capital aberto, os riscos que são parte natural dessa aplicação também devem ser antecipados.

Para ajudar o investidor, a reportagem conversou com o economista e sócio da SuperRico, Jayme Carvalho Jr. Confira a seguir.

O que é análise fundamentalista de ações?

É estudar uma empresa para se decidir sobre a compra ou venda de suas ações. Há uma série de informações que devem ser consideradas, principalmente se você é investidor iniciante e ainda não está acostumado com o sobe e desce das ações.

"É comum que se invista pensando apenas no ganho, e não nos objetivos pelos quais se investe. O ideal é que se conheça o alvo do investimento por meio de informações, como resultados e fatos relevantes”, sentencia Jayme.

As informações cedidas por empresas e citadas pelo economista são muitas vezes  públicas. Mas, como chegar até elas?

Como obter informações de uma empresa?

“No caso de empresas públicas, sites oficiais geralmente tem calendários contendo datas para divulgação de resultados. Já de empresas privadas, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a B3 são fontes seguras", observa Jorge.

Aliadas às informações cedidas por empresas, está o trabalho das agências classificadoras de risco, que "envolvem a emissão de dívidas por parte de uma empresa" e de profissionais habilitados, "geralmente contratados pela empresa para fazer uma análise de riscos", explica Jayme.

Comprei ações e elas se desvalorizaram – e agora?

Lidar com a variação de preços de ativos, a chamada volatilidade, é algo que todo investidor precisa saber. Períodos de alta e baixa podem se suceder e cabe a você ter paciência para se decidir sobre o melhor momento para comprar ou vender.

“Nunca se deve investir um dinheiro que se planeja usar no curto prazo. Também se pode optar por investimentos mais conservadores, com menores riscos e gastos”, observa Jayme.

Outra forma de minimizar riscos é diversificar os investimentos. Jayme explica uma prática conhecida como correlação, que se baseia em compor uma carteira com diferentes setores de atuação empresarial.

Outro fator que piora os momentos de baixa para investidores de renda variável  é ter uma carteira com número insuficiente de ativos.

“Como educador financeiro, vejo muitas pessoas que investem só em cinco ou seis empresas. Se uma delas vai mal, o prejuízo pode chegar a 20% do total investido. Então, é preciso ter mais ações, o que pode ser trabalhoso de se administrar. Se não há tempo para acompanhar todas as ações, então é preciso contar com gestores profissionais“, avalia Jayme.

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