Como a C&A (CEAB3) define os preços das roupas em cada uma das lojas

NEGÓCIOS

Paulo Correa, CEO da C&A (CEAB3), se diz um entusiasta da tecnologia aplicada às decisões de negócios. Como exemplo, ele cita a modernização dos centros de distribuição da varejista de moda e a tecnologia que permite a precificação dinâmica dos mais de 50 mil SKUs (diferentes itens do estoque).

“Hoje temos uma máquina analítica mais forte, com modelos e algoritmos preditivos”, conta o executivo em entrevista à Inteligência Financeira. Com isso, Paulo Correa afirma que a C&A consegue adaptar cada loja para refletir as preferências locais de seus consumidores. É daí, segundo ele, que virá o próximo "sprint" de vendas.

A C&A tem hoje mais de 334 lojas em 150 cidades. "A gente toma diariamente decisões de preço em cada produto, em cada loja, o que antigamente não era possível”, comenta. Paulo Correa vê a localização das lojas, em shopping centers, como um diferencial da C&A. “Estamos nos melhores lugares”, acrescenta.

Paulo Correa avalia que a varejista soube trabalhar seus pontos fortes para construir valor no tempo. Ainda assim, afirma que as novas apostas precisam frutificar para a empresa continuar crescendo. “No IPO, tínhamos uma tese de que a marca, amada pela população, o portfólio de ativos, a localização das lojas e o investimento corretos em algumas frentes seriam alavancas de geração de valor”, diz. Agora, o executivo vê como alavancas de crescimento da empresa a sua capacidade de dar crédito ao consumidor, a abertura de novas lojas, a dinâmica da distribuição de produtos (logística) e a digitalização do negócio.