Dólar acima de R$ 6? XP vê moeda 'mais forte' com vitória de Trump nos EUA

MERCADO FINANCEIRO

Cotação da divisa americana está nas máximas desde o início do governo Lula

O dólar se aproximava de R$ 5,80 no último dia de outubro e renovava as máximas desde o início do governo Lula. O ciclo atual de alta da moeda americana tem pelo menos dois componentes.

Dólar hoje

Do ponto de vista doméstico, o dólar é pressionado pelo risco fiscal, de o endividamento do governo ficar insustentável. Por isso, o mercado financeiro aguarda um plano detalhado de corte de gastos do ministro Fernando Haddad (Fazenda).

Ajuste fiscal

Na cena externa, as eleições presidenciais americanas, marcadas para 5 de novembro, também estão no radar dos agentes financeiros. E o vencedor entre Kamala Harris e Donald Trump vai ditar os rumos do dólar nas próximas semanas.

Eleições EUA 2024

Para a XP, o Brasil não deve ser um foco de política externa sob nenhum dos candidatos. Mas ainda assim sentirá efeitos distintos no câmbio, fluxos e setores específicos dependendo do resultado da eleição.

Foco nas eleições americanas

Então, a XP acredita que Donald Trump eleito presidente dos Estados Unidos pode representar um dólar mais forte. O que, por consequência, deve trazer uma pressão maior para a inflação.

Dólar com Trump

Ao mesmo tempo, se Kamala Harris for a sucessora de Joe Biden no comando da Casa Branca, a plataforma de investimentos aponta que o Brasil pode até ser favorecido.

Kamala na Casa Branca

“Em um governo Trump, o cenário mais esperado é de maior volatilidade para mercados emergentes, um aumento de tarifas e cortes de impostos. Com isso, as perspectivas são de uma inflação mais alta, juros altos por mais tempo e um dólar mais forte. Deteriorando a taxa de câmbio e gerando pressões inflacionárias domesticamente.”

Dólar mais forte

“Já em um governo Kamala, o cenário base é a manutenção do status quo. Vemos um maior risco de mercado, dado um possível aumento de supervisão regulatória e aumento de impostos corporativos. Esse movimento pode causar uma saída de fluxos dos EUA migrando para mercados emergentes e beneficiando o Brasil.”

Bem na cena?