Alfredo Setubal revela por que ações de tecnologia estão fora da carteira da Itaúsa (ITSA4)

BOLSA DE VALORES

Alfredo Setubal, CEO da Itaúsa (ITSA4), tem uma posição privilegiada da economia e dos investimentos. Isso porque a holding tem no portfólio empresas tão diversas como Dexco (materiais de construção), Alpargatas (indústria), CCR (mobilidade), Aegea (saneamento) e Copa (energia). Além, claro, do Itaú Unibanco (financeiro).

À Inteligência Financeira, Alfredo Setubal destaca as oportunidades no setor de infraestrutura, ao mesmo tempo em que vê dificuldades em setores como os da indústria e varejo. Para o setor financeiro, vê ganhos moderados.

O destaque em infraestrutura, segundo o CEO da Itaúsa, é a CCR (CCRO3), empresa ligada com mobilidade. “A gente vê um portfólio grande de rodovias que vão ser privatizadas pelo governo federal.” Para Setubal, a empresa tem grande oportunidade de crescimento.

“Já o varejo terá anos difíceis em função do crescimento da renda pequeno”, diz. Os juros altos encarecem o crédito, o que torna a situação das pessoas físicas e jurídicas endividadas ainda mais difícil, afirma Alfredo Setubal.

No entanto, a área de tecnologia, onde a inteligência artificial tem dado cartas, elevando os preços de empresas como Nvidia (NVDC34) e Microsoft (MSFT34), não está no radar da Itaúsa. Mas aqui a questão é outra. Embora reconheça que as melhores empresas de tecnologia são promissoras, como investidor, Setubal as considera caras.

Falando pela Itaúsa, ele afirma que a holding costuma investir entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões nos negócios que quer trazer para o portfólio. “Esses valores são pequenos para as grandes empresas de tecnologia”, diz. Por esta razão a Itaúsa não tem nenhuma big tech no portfólio.