Tesla (TSLA34) fora das Magnificent 7: empresa de Elon Musk ainda merece estar na lista? Veja a opinião de analistas

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Com a queda das ações da Tesla (TSLA34) neste ano, muitos analistas têm questionado a presença da empresa de Elon Musk entre as Magnificent 7, ou as 7 Magníficas. Afinal, a companhia ainda merece estar neste seleto grupo das maiores big techs do mundo? Confira:

Apesar da alta de 15,31% na última segunda-feira (29), as ações da Tesla (TSLA34) apresentam uma péssima performance em 2024. O preço dos papéis da empresa de Elon Musk chegou a cair 40% neste ano, levando a empresa a ter um valor de mercado próximo a US$ 460 bilhões no fechamento do dia 24, um dia após a companhia divulgar os resultados do primeiro trimestre do ano.

Queda das ações

É um grupo composto pelas maiores empresas de tecnologia do mundo? Não? Pois deveria. As sete gigantes – Apple , Microsoft (MSFT), Alphabet, Amazon, Nvidia, Tesla (TSLA) e Meta (META) – representam mais de um quarto do valor total do S&P 500, índice composto pelas 500 maiores empresas do mercado de ações dos EUA.

O que é a Magnificent 7?

Conversamos com 5 analistas para entender se a Tesla ainda merece estar nesse grupo seleto. Confira nos próximos stories a opinião deles.

Analistas

“Eu não descartaria a Tesla desse grupo porque ela sempre pode surpreender com alguma notícia. O resultado da Tesla surpreendeu, não na parte do resultado em si, mas na perspectiva da companhia daqui para frente. Se você for avaliá-la como uma empresa de tecnologia, ela pode valer mais que esses US$ 600 bilhões de mercado hoje que está na tela. Porém, se for avaliá-la como uma empresa de automóveis, vejo a ação ainda não saindo desse cenário difícil.”

Enzo Pacheco, analista da Empiricus:

“Apesar de Magnificent 7 ser apenas um apelido dado às sete mega-caps de tecnologia e adjacências que lideraram a alta do mercado em 2023, existem empresas maiores em capitalização de mercado que a Tesla, como a Eli Lilly e a Broadcom (que é de tecnologia). Mas a Tesla tem sua importância no mercado acionário. O volume de negociação é mais que o dobro a sua FAAMG (Facebook, Amazon, Apple, Microsoft e Google) média e outras empresas, como Lilly e Broadcom, que têm somente uma fração do volume de negociação da Tesla. Ela merece seu lugar de destaque.”

Matheus Popst, sócio da Arbor Capital:

“É muito cedo para falar se a empresa vai deixar de pertencer às Magnificent 7. A gente tem que esperar mais uns três trimestres de resultado para consolidar isso. Ela é muito grande. O impacto do que o Elon Musk está demonstrando do que ele pode entregar no futuro pode continuar impactando o preço da empresa e tendo uma pressão de compra muito grande. No momento, a recomendação é de venda, a própria análise técnica mostra um movimento não muito bom para os números que a empresa tem entregado.”

Thiago Guedes, da Bridgewise no Brasil:

“Em resumo, em termos de valuation , é um papel esticado, e a empresa corre o risco de sair do ranking das 7 Magníficas. Portanto, não acho que seria uma boa opção de entrada agora de investimento. Há outros ativos que chamam mais atenção do que a Tesla.”

Marcelo Boragini, da Davos Investimentos:

“Em termos de relevância, a Tesla continua, sim, fazendo parte das empresas tech mais importantes do mundo. O descolamento versus outras Mag-6, ou Mag-5, se dá em função da performance mais prejudicada das ações versus as outras seis em 2024. A Tesla participar ou não de um grupo conhecido como Mag-7 é uma simples consequência da performance das ações, do market cap da empresa e do setor em que se encontra.”

Jonas Scorza Floriani, da Fundamenta Investimentos: