INVESTIMENTOS
O ano de 2023 foi marcado pelo protagonismo da renda fixa em meio a um cenário de juros altos no Brasil. Em 2024, no entanto, as perspectivas podem mudar.
Na visão de André Luiz Rocha, operador de renda variável da Manchester Investimentos, a escolha entre renda fixa e variável dependerá de alguns fatores: “A taxa de juros, agenda econômica, equilíbrio fiscal e conflitos internacionais serão pontos cruciais para os agentes de mercado. O ano será positivo, mas teremos muitos desafios para equilibrar".
De acordo com André, os títulos prefixados serão considerados estratégicos nas carteiras, aproveitando taxas superiores ao CDI. “Tanto os títulos IPCA+, quanto os pré com taxas definidas são excelentes opções que capturam o fechamento da curva e abrem oportunidades de saída antecipada com rentabilidade superior da contratada”.
Na renda variável, o especialista destaca um cenário de ciclo de queda de juros no Brasil, onde historicamente o Ibovespa e o IFIX rendem mais que o CDI. “Em 2024, vale priorizar as estratégias táticas, especialmente em produtos estruturados com ações. Nessa modalidade é possível proteger e capturar o ganho da volatilidade ao mesmo tempo”.
Os especialistas destacam a importância de entender o perfil de investidor e ter o apoio de um profissional. “Isso ajuda a ter uma alocação diversificada de acordo com cada perfil, buscando classes descorrelacionadas, construindo estratégias táticas para aproveitar as oportunidades pontuais e assim, transformando as mudanças do cenário econômico em rentabilidade”, ressalta André.