A sócia e fundadora da casa de análise Indê, Luciana Seabra, contou à Inteligência Financeira que o fez ela escolher o caminho da independência - e sair do grupo Primo - foram os conflitos de interesse entre o rendimento do investidor e a comissão recebida pelos analistas.
Para Luciana, a relação entre investidores e analistas “piorou muito” no último ano. “O mercado financeiro fica na torre de marfim e não está vendo o que está acontecendo: pessoas que chegaram perto da aposentadoria e investiram mal a vida inteira; gente que tinha um sonho e investiu em um fundo que nunca rendeu”.
Para seguir um caminho diferente, Luciana inaugurou a Indê há 6 meses. “Ter o contato direto com o investidor todos os dias, via redes sociais, me faz ver onde que está batendo o conflito”, contou ela, que explica que a empresa faz recomendações para o investidor, e ele executa – ou não.
A especialista deixou ainda sua recomendação para o investidor lidar com as perdas. "O investidor tem que aguentar um pouco mais de dor no curto prazo, porque em alguns momentos ele vai comprar mais de algo que está caindo, o que é zero intuitivo. Mas, no longo prazo, isso faz com que as pessoas recuperem mais dinheiro", diz.