IPCA+9% é bom para driblar a queda da Selic?

INVESTIMENTO

Títulos de renda fixa atrelados à inflação, os chamados IPCA+, têm como um dos principais atrativos ao investidor a promessa de corrigir o investimento pela alta dos preços e ainda oferecer um percentual de rentabilidade real. Mas qual é o limite?

Vale investir no IPCA+

Em primeiro lugar, é preciso entender que estamos falando de um juro real alto. Portanto, são mais raros os produtos que oferecerão um ganho de 9% acima da inflação. Quando isso acontece, em geral são ativos de um nível mais alto de risco.

Juros reais altos

Em títulos IPCA+, sejam eles títulos públicos ou privados, o acordo é repor ao investidor a inflação do período mais um adicional. Essa taxa extra varia, especialmente, conforme o tempo que o investidor vai dispor do recurso e qual o patamar de risco que está embutido naquele investimento.

IPCA+9: vale investir?

Entre títulos que pagam taxas no patamar de IPCA+9, estão emissões recentes como um CRA emitido pela rede de restaurantes Madero ou um CRI emitido pela empresa de educação Cogna. Vale ressaltar que CRAs, CRIs e debêntures não têm a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Quem oferece essa taxa?

A expectativa do boletim Focus para a inflação é de que o IPCA encerre o ano de 2024 em torno de 3,73%. Portanto, um título que pagasse a correção do índice mais um adicional de 9% remuneraria o investidor em torno de 12,73%.

Quanto rende IPCA+9%?

Com as últimas reduções na taxa básica de juros, mais investidores buscaram diversificar as suas carteiras para manter bons patamares de rentabilidade. Para quem quer alternativas mais tradicionais, nem adianta esperar níveis como IPCA+9%.

Como driblar a queda da Selic

Há oferta de títulos de CDB pagando taxas na faixa de IPCA+7,5% para prazos mais longos, entre 3 e 4 anos. No caso dos títulos bancários, o limite da proteção do FGC é de R$ 250 mil por CPF por instituição.

Há boas oportunidades?