O CDI e o IPCA são índices importantes para acompanhar quando o tema é finanças pessoais. Isso porque ambos interferem diretamente no desempenho das aplicações financeiras de renda fixa.
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é um índice que acompanha de perto a Selic, a taxa básica de juros brasileira. Já o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o principal indicador para compreender as tendências de inflação do Brasil.
O IPCA é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Ele é um índice de inflação que acompanha o preço daquilo que as famílias brasileiras compram e consomem. Para chegar ao valor, o IBGE faz uma pesquisa de preços em todo o país.
O IPCA é considerado o indicador oficial pelo governo federal, mas ele não é o único que acompanha a inflação. Existem outros, como o IPP (Índice de Preços ao Produtor), IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) e o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor).
O Tesouro IPCA+ é um título público emitido pelo Tesouro Nacional para captar recursos para o governo federal. Em contrapartida, há o pagamento de uma rentabilidade híbrida — composta por uma taxa prefixada mais a variação do IPCA.
A renda fixa privada também apresenta possibilidades com rendimento híbrido, oferecendo uma taxa fixa além do que o indicador de inflação render. Entre as opções estão o certificado de depósito bancário (CDB), a letra de crédito imobiliário (LCI) e a letra de crédito do agronegócio (LCA).
Nos fundos de inflação, o investimento é feito, prioritariamente, em títulos públicos atrelados ao IPCA. Eles podem ser opções para quem busca acessibilidade e praticidade para investir e proteger o dinheiro da perda de poder de compra.
O CDI é um título emitido por bancos para captar recursos de outras instituições financeiras com prazo de um dia útil. Seu custo é definido pela taxa DI. Trata-se de uma média das operações realizadas entre bancos e que acompanha a Selic, com um desconto de 0,10 ponto percentual.
Uma variedade de investimentos têm a remuneração atrelada à taxa do CDI. É o caso dos CDBs, das LCIs, das LCAs, das debêntures, dos CRIs, dos CRAs e dos fundos DI.
Na hora de definir quais investimentos têm mais a ver com as suas necessidades, é necessário compreender a relação entre CDI, IPCA e a renda fixa. Nesse sentido, você precisa conhecer como funciona a rentabilidade das aplicações que envolvem esses índices.
Prefixado: a rentabilidade se dá em um percentual fixo, conhecido pelo investidor no momento da aplicação; Pós-fixado: os rendimentos acompanham algum indicador financeiro, como a taxa Selic ou o CDI. Ou seja, você sabe o critério de rentabilidade, mas ela varia de acordo com o indicador; Híbrido: o retorno mescla a rentabilidade prefixada e a pós-fixada. Neste caso, o rendimento tem um percentual fixo acrescido do desempenho de um índice financeiro (geralmente, o IPCA).
Para projeto de vida no curto prazo, as opções atreladas ao CDI ou à Selic, opções pós-fixadas, são as únicas adequadas, por uma questão de não tomar um risco desnecessário.
Investimentos que têm como base a inflação devem estar atrelados a projetos de vida que vão acontecer lá no futuro, preferencialmente o mais próximo possível aos seus vencimentos.