IBOVESPA
A bolsa brasileira está perto de deixar uma lanterna histórica no ranking de produtos de investimentos no Brasil, segundo Felipe Miranda, sócio-fundador e co-CEO da Empiricus Research, ligada ao BTG Pactual.
O principal gatilho para esse movimento, disse Miranda, deve ser acionado com o início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos. A taxa básica norte-americana hoje está na faixa de 5,25% a 5,5% ao ano, maior nível desde 2001, para conter a maior inflação em quatro décadas no país.
Mesmo que pequena, uma redução da taxa deve liberar um volume gigante de recursos de grandes investidores globais em busca de rentabilidade.
Para Felipe Miranda, a correção do Ibovespa não deve se restringir apenas a fatores cíclicos, uma vez que está em níveis historicamente baixos. A bolsa brasileira tem sido um investimento ruim nos últimos 15 anos, perdendo do CDI, da poupança, da NTN-B e dos fundos imobiliários.
No fim de 2023, a alta do índice veio após o ingresso líquido de quase R$ 40 bilhões por parte dos chamados investidores não residentes. Os resgates dos estrangeiros superaram os ingressos e cerca de R$ 21 bilhões em 2024 até 8 de março, período de queda do índice.
A expectativa positiva do estrategista para o índice se mantém, mesmo com uma visão negativa para Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), duas das maiores empresas na B3. Miranda não investe em nenhuma das duas. Nem em outras empresas que tenham o governo federal como sócio.