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Independência do Banco Central: por que é importante para o investidor?

O mercado vem reagindo às críticas do Presidente Lula à meta da inflação e ao receio de que a autonomia do Banco Central seja ameaçada.

A independência do BC em relação ao poder executivo é um princípio respeitado por uma série de países democráticos e grandes economias do mundo, como Estados Unidos, Inglaterra e também o Brasil.

Os bancos centrais atuam de maneira independente para garantir a eficiência da política monetária, baseada em decisões técnicas, não políticas. Quer saber mais sobre? Confira nos próximos stories a conversa do Bora Investir com o Prof. Luiz Carlos Barnabé, vice-presidente de pesquisa da OEB.

Qual é a função do Banco Central?

Definir a política monetária do país, ou seja, ajustar a taxa básica de juros para conter a inflação. Por isso, os bancos centrais se reúnem regularmente para verificar a necessidade de aumento, diminuição ou manutenção dos juros.

Se um país oferece auxílio econômico à população, ele injeta dinheiro na economia. Mais dinheiro circulando gera mais consumo e se há muita procura por um produto, seu preço aumenta.

Como funciona na prática?

Por outro lado, se a economia está desestimulada e não há procura, é de se esperar que os preços baixem.

Com a inflação alta,  os bancos centrais aumentam as taxas de juros, uma vez que influencia diretamente no valor de compras parceladas e linhas de crédito pré-aprovadas, como cheque especial e cartão de crédito, o aumento da taxa de juros consegue frear o consumo e, por consequência, a alta da inflação.

Por que a independência do Banco Central é importante?

Segundo o Prof. Luiz Carlos Barnabé, o Banco Central é independente porque se trata de um gestor de recursos públicos.

“As contas do governo são pagas de três maneiras: por arrecadação de tributos, emissão de títulos públicos e impressão de papel moeda. O Banco Central independente, por meio da política monetária, garante que a última alternativa não aconteça”, explica o Prof. Barnabé.

O Banco Central do Brasil deixará de ser independente?

Segundo a legislação brasileira, o Banco Central do Brasil é uma autarquia federal vinculada, mas não subordinada, ao Ministério da Fazenda. Foi criado pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964.

“O presidente não pode decidir que haja mais emissão de papel moeda, por exemplo. Para que isso aconteça, seria preciso aprovação do Congresso. Por isso, não acredito que aconteça uma interferência direta do poder executivo no Banco Central”, opina o Prof. Barnabé.

Acompanhe a IF e saiba mais sobre como usar seu dinheiro com inyeligência.