BOLSA DE VALORES
Magda Chambriard deu oficialmente sua primeira entrevista como CEO da Petrobras (PETR4). Para o BTG Pactual, em muitos aspectos, a executiva sugeriu uma estratégia semelhante à seguida nos últimos anos. "Onde a coerência econômica prevalecerá e os investimentos em negócios que vão além do principal motor de valor da empresa não sacrificarão a rentabilidade da empresa", anotam os analistas. Mas o BTG reconhece que a percepção de risco na estatal está maior do que há alguns meses. E que os investidores devem ficar atentos aos temas relativamente novos levantados por ela.
Então, em relatório, o BTG menciona algumas declarações de Magda Chambriard que o investidor de Petrobras precisa prestar atenção. Esses são os tópicos mais controversos. "Destacaríamos o plano para proporcionar maiores oportunidades para a indústria local (incluindo naval), investimentos em fertilizantes e aceleração do capex, o que poderia reduzir o ROIC futuro da empresa." O ROIC é uma métrica financeira usada na análise fundamentalista para avaliar a eficiência de uma empresa, que utiliza o capital para gerar retornos.
Por outro lado, o BTG observa que a nova CEO reafirmou antigas diretrizes. Essas são as principais indicações, conforme o banco. "A atual política de preços de combustível para evitar a volatilidade passageira foi bem-sucedida e não deve ser alterada; os investimentos em refinarias também permanecerão em vigor e fusões e aquisições estão em estudo; a transição energética continuará como parte da estratégia da empresa." "Ela também enfatizou a importância de fazer tudo isso ao mesmo tempo em que explora e produz nos reservatórios de petróleo e gás do Brasil (incluindo a Margem Equatorial), o que deve ser bem-recebido."
Nesse sentido, o BTG considera que o espaço de Magda Chambriard na Petrobras para transformar narrativas em crescimento real de investimentos parece limitado no curto prazo. Isso sustentado principalmente pelos estatutos da empresa/lei das estatais. "Mesmo assumindo potenciais fusões e aquisições e sem dividendos extraordinários (um cenário que parece improvável), os rendimentos de dividendos de 11% em 2024 e 2025 continuam acomodando os riscos da tese de investimento." "Até agora temos poucas evidências de que seu mandato não seguirá a 'lógica econômica dos negócios da Petrobras' ou que será capaz de minar a evolução da governança corporativa nos anos recentes."