Shopee, Google Pay, Mercado Bitcoin, cartões Sodexo... Estes e outros quase 90 nomes estão na fila para receber do Banco Central a licença para se tornarem integrantes do Pix.
Pix: Shopee, Google Pay e Mercado Bitcoin estão chegando
MEIOS DE PAGAMENTO
O movimento ilustra como um grupo crescente de empresas não financeiras está buscando surfar o sucesso do sistema eletrônico de pagamentos no Brasil.
Com quase três anos, o Pix tem atualmente 801 instituições participantes, boa parte bancos, carteiras digitais e cooperativas de crédito. Tendo alcançado 80% da população adulta no país, era inicialmente um mecanismo exclusivo para pagamentos entre pessoas e rapidamente ganhou relevância comercial.
Atualmente, o mecanismo responde por 1/3 das transações feitas entre pessoas e empresas, segundo dados do BC, a maioria de pequenos negócios. Isso catapultou o Brasil para a vice-liderança mundial em pagamentos instantâneos, com mais de 30 bilhões de transações em 2023, só atrás da Índia.
Com isso, o sistema tem atraído empresas de grande porte. Estão na fila para receber a licença de participante direta do Pix corretoras de valores, plataformas de comércio eletrônico, redes varejistas, empresas de benefícios e bolsas de criptoativos, entre outras.
Para especialistas, esse movimento reflete a busca de um universo crescente de empresas que querem ter um braço próprio de pagamentos, em busca de mais agilidade, flexibilidade, menos custos e fricções transacionais. E o Brasil, vice-líder mundial em pagamentos em tempo real, tem se revelado um importante campo de testes para empresas globais. Na Índia, líder mundial em volume de pagamentos instantâneos, a versão local do Pix, UPI, já tem entre os integrantes o Google Pay desde 2019.
Simultaneamente, os próprios avanços regulatórios e a implementação de sistemas de pagamento instantâneo em mais países devem estimular o surgimento de novas soluções. Atualmente, 52 países têm algum sistema de pagamento nos moldes do Pix, segundo a ACI Worldwide. Uma das tendências nesse sentido são as diferentes formas de pagamentos internacionais.
Uma das tendências nesse sentido são as diferentes formas de pagamentos internacionais. Em capitais latino-americanas, como Buenos Aires e Santiago, turistas já têm visto um número crescente de lojas que aceitam Pix. As transações passam por uma conta no Brasil e uma no país de origem do vendedor. Recentemente, a fintech FitBank revelou que está fazendo uma parceria que permitirá a brasileiros fazerem compras físicas na Flórida usando Pix.
Algumas corretoras de criptoativos, já disponibilizam a clientes opções de pagamento com Pix envolvendo criptomoedas.