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Em dezembro, manifestações tomaram as ruas de dezenas de cidades na China contra as restrições pela Covid. Em resposta, as bolsas mundiais recuaram com investidores acompanhando a movimentação social. O petróleo, por exemplo, registrou forte queda. Mas, o que isso tem a ver com a economia brasileira?
Vitor Natal, estrategista de ações do Research para pessoa fisica do itau BBA, conta que a China consegue impactar a economia brasileira pelo Brasil ser grande produtor de commodities, e a China grande comprador.
Assim, quando a China para de crescer ou cresce menos, a tendência é que o Brasil exporte menos para a potência asiática, e a performance brasileira no comércio cai. Essa queda do consumo chinês impacta tanto as vendas brasileiras pelas commodities serem tão importantes para o mercado brasileiro.
Quer um exemplo? Todas as vezes que vemos um grande período de pujança da economia brasileira, normalmente acontece por um "boom" de commodities, que são grãos, minérios e petróleo.
"A política de tolerância zero com a Covid da China já é algo antigo, mas com todas as movimentações sociais, o Governo chinês já começou a se mexer e já temos notícias de uma potencial desaceleração do lockdown, e provavelmente de como o governo chinês vai tratar a pandemia nesse último estágio", conta Victor.
No Twitter, Maurício A Weiss, comentou sobre como os movimentos da Bolsa, no longo prazo, espelham o comportamento da economia “real”, mas no curto são especulativos.
Victor concorda com o tweet do professor de economia da UFRGS, e diz que quando o analista vai olhar pra uma ação, precisa entender como a empresa performa e pensar a longo prazo para conseguir entendê-la. Já no curto prazo, ele acredita que tem muita volatilidade, o que atrapalha o raciocínio de Maurício.