Em entrevista ao podcast Visão de Líder, o fundador da Chilli Beans fala sobre o que aconteceu com as lojas que ele vendeu para os franqueados, seu novo projeto de óticas e qual é sua relação com o dinheiro.
VISÃO DE LÍDER
Aos 54 anos e pai de quatro filhos (16, 13, 10 anos e o caçula, com 7 meses), Caito Maia é o fundador da Chilli Beans. A marca é hoje uma potência do varejo de óculos. São quase 1.200 lojas, 1.000 modelos, 4 milhões de peças vendidas por ano. A companhia está em 20 países, como Portugal, Estados Unidos, Colômbia, Kuwait, Peru, México, Bolívia e Tailândia.
“Desde o começo, a gente nunca vendeu óculos, a gente sempre vendeu a marca Chilli Beans. E isso faz uma diferença gigantesca na nossa trajetória”, contou Caito Maia, que afirma que a Chilli Beans conta história através do produto.
Antes com 130 lojas, o fundador contou que optaram por vender a maioria e hoje essas lojas faturam 30% a mais na mão do meu franqueado. “E a gente descobriu qual é o nosso legado. Nós não somos nem fabricantes nem varejistas. Nós somos gestores de marca”.
“A gente percebeu uma oportunidade durante a pandemia, mesmo porque existe uma epidemia mundial de óculos de grau por causa do uso do celular. As pessoas estavam precisando de óculos de grau e a gente abriu uma ótica. Nosso projeto é ir de 300 para 1.000 óticas”, contou Caito. Detalhe: no Brasil tem 22.000 óticas. Segundo o empresário, esse mercado ótico é quatro vezes maior que o do óculos escuro.
Na entrevista, Caito contou que por 10 anos da minha vida trabalhou de domingo a domingo. “E aí as pessoas me perguntam se eu não tivesse trabalhado esses 10 anos, o que teria acontecido. Olha, para você botar um negócio para acontecer, tem uma época da sua vida que tem que trabalhar, mas também tem um momento na sua vida que você tem que equilibrar, senão você morre”, explicou.
“Eu estava aqui esperando dar a hora para vocês chegarem. Então, fui até em casa, meu filho estava dormindo, esperei ele acordar e fui dar uma volta com ele no parque. Eu busco o equilíbrio. De manhã, eu malho, medito, rezo, fico com meus filhos, eu não abro mão disso”, contou.
Caito Maia também dica dicas para empreendedores: “Eu vejo uma coisa que me preocupa muito essa nova geração, que só fala de startup. O cara tem 24 anos de idade e tem sete startups. Mas nenhuma empresa acontece da noite pro dia. É como uma árvore que você planta, colhe, poda. Não tem jeito. Quantos startups não foram abandonados por falta de paciência?”, comenta. “A minha sugestão não é para o lado tecnológico. A minha sugestão para economia real que você ainda tem milhões de setores gigantescos, que estão velhos, que você pode rejuvenescer e fazer a coisa acontecer”, complementa.
“Eu trabalho por paixão, por amor pelas pessoas. Eu acho que parte do meu sucesso é essa paixão que eu tenho pelo que eu faço, pelo que o que eu é que nem sempre o foco principal foi a grana”, conta Caito.
“A inteligência financeira é o modo saudável e equilibrado de você tratar o dinheiro. Quando eu falo saudável, quero dizer que é uma cadeia que não prejudica ninguém, que o ciclo inteiro está bem resolvido, está feliz”, explica Caito Maia.