Estrategista do banco norte-americano prevê dólar cotado a R$ 5,10

Ações baratas na bolsa: para JPMorgan, papéis de blue chips como Vale e Petrobras são boas apostas

MERCADO FINANCEIRO

A estrategista de equity do banco norte-americano JPMorgan, Emy Shayo, afirmou na última quinta-feira (23) que o Brasil é quase uma “miss universo” para investidores estrangeiros entre os mercados emergentes. A executiva do JPMorgan disse à Inteligência Financeira que as principais ações do Ibovespa, índice da bolsa de valores do Brasil, como as blue chips Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), estão baratas.

JPMorgan

O rali de final de ano já começou. O saldo positivo de entrada de investimento estrangeiro na bolsa em novembro chega a quase US$ 9 bilhões, diz a especialista, “motivo pelo qual vemos o Ibovespa subir mais de 11% em três semanas”.

Rali na bolsa de valores

A estrategista de equity do JPMorgan para o Brasil afirma que os preços das ações de commodities na B3 são onde o banco enxerga “os menores múltiplos com o resto do mundo”, indicando que esse setor é um dos mais baratos no Ibovespa.

Commodities

Shayo também prevê que o fluxo de capital positivo do investidor estrangeiro deve perdurar por 2024. A “boa notícia” para o mercado brasileiro seria, na visão da especialista, mais cortes na taxa de juros pelo Banco Central. Mas de acordo com ela, o Brasil tem dois calcanhares de Aquiles: o baixo crescimento do PIB e “um dos piores quadros fiscais do mundo”. Para o JPMorgan, a economia brasileira deve crescer 1,5% em 2024.

PIB e quadro fiscal

O banco norte-americano prevê um real com menos força para 2024, mas ainda próximo da estabilidade do atual patamar. Shayo explica que o real deve perder força contra o dólar porque o BC deve cortar ainda mais a Selic no ano que vem. “Nossa previsão para o dólar no ano que vem é de R$ 5,10. Eu considero praticamente estável dentro do nível em que estamos hoje”, diz a estrategista do JPMorgan. Além disso, o banco prevê um corte de 1% na taxa de juros dos EUA pelo Federal Reserve , banco central norte-americano.

Corte de juros nos EUA e dólar a R$ 5,10