Conheça a história de uma das mulheres mais importantes do mercado financeiro

Na estreia do Perfil IF, Roberta Anchieta fala com ternura como conquistou a diretoria de administração fiduciária do Itaú Unibanco

Roberta Anchieta é formada em matemática pela Unicamp. Fez MBA em Finanças pelo Insper. É mestre em modelagem matemática aplicada a Finanças pela USP. Trabalha no Itaú Unibanco há 22 anos e hoje é a líder em uma das áreas mais complexas da instituição, a fiduciária, que é responsável legal pelos fundos de investimento perante a CVM.

Roberta é diretora de administração fiduciária do Itaú Unibanco, ou, como ela mesma prefere se definir: “preta, cis, mãe e executiva”. “De toda minha carreira, a parte mais fácil foi a técnica”, nos contou Roberta na estreia do Perfil IF que você curte acima.

Não existe receita de bolo para os investimentos, diz Roberta Anchieta

Nesta entrevista, Roberta conta que ela é responsável por mais de 4.500 fundos, com mais de R$ 1 trilhão sob gestão. Tem produtos financeiros que captam desde R$ 1 até de grandes empresas.

A pergunta que Roberta mais ouve é “qual é o melhor investimento?”. Sua resposta vai na veia de qualquer investidor: o melhor investimento é aquele adequado ao seu perfil e aos seus objetivos. “Não existe um investimento melhor para todo mundo, ele tem que ser adequado ao perfil do investidor e aos objetivos de cada um.” Anotou?

As dificuldades de uma mulher preta

A força de Roberta vem do pai, que de cara não poupou o que ela iria enfrentar. “Ter o meu pai como um homem preto e pobre atuando no mercado mais branco e elitista que a gente tem até hoje, me abriu muito o caminho. Ele sempre me dizia ‘Minha filha para você tudo vai ser três vezes mais difícil, duas porque você é preta e uma porque você é mulher, mas você pode ser o que você quiser ser’. E se meu pai me disse que eu posso ser o que eu quiser ser, não tem ninguém no mundo que vai me fazer pensar em diferente.”

E assim vem sendo.

Onde está a diversidade?

Nessa conversa, Roberta ainda falou sobre o peso da diversidade – e da falta dela – em um país onde 56% da população se autodeclara negra, mas apenas 5% dos executivos são negros. “Além disso, sou mãe de dois lindos meninos pretos que eu quero que eles possam ser julgados só pela competência e pelo caráter, não pela cor da pele ou orientação sexual.”

Conversa inspiradora para mudar seu dia. Mudou o meu.