O que é um contrato futuro?
Sabe aquela história do “combinado não sai caro”? De ser melhor deixar tudo acordado para no futuro não ser surpreendido? Esse é o conceito do contrato futuro, assunto deste vídeo do Glossário IF. Basicamente, contrato futuro é um combinado entre um comprador e um vendedor que concordam que um ativo deve ter um preço pré-determinado em uma data lá na frente.
O mercado futuro começou de um jeito muito simples, com commodities agrícolas. Mais especificamente com o preço do arroz, há 500 anos no Japão. Era o seguinte: o produtor queria se proteger das oscilações do preço e deixava um valor pré-acordado para a safra, porque não queria ter prejuízo com o que já tinha investido. Por outro lado, com esse acordo, o comprador já sabia quanto iria gastar e também ficava mais tranquilo.
Podia até ser que, na data futura, o arroz valesse mais. Só que o produtor precisava honrar o combinado e vender pelo preço contratado. E o contrário também podia acontecer: o valor do futuro ser menor do que o do contrato. Neste caso, o produtor se dava bem e receberia mais pelo seu arroz.
Mas se os valores ficassem na média, tanto produtor quando comprador ficavam felizes, porque conseguiram ter previsibilidade de ganhos e gastos.
Contratos futuros de moedas, índices e taxas de juros
É bom lembrar que hoje em dia as negociações não são mais diretas. Agora elas acontecem pelas bolsas de valores, sempre levando em conta que o preço do ativo reflete na cotação do papel e oscila de acordo com a oferta e a demanda e com os movimentos do mercado. No fim, os preços ficam parecendo aquele gráfico do ecocardiograma, que sobe e desce. Os produtores e compradores têm que acompanhar cada movimento.
Em todos os contratos futuros, os investidores trabalham com a expectativa de uma cotação futura. Além de commodities, surgiram negociações futuras derivadas de moeda (como o contrato futuro do dólar), de índice (como o contrato futuro do Ibovespa) e até de taxas de juros.
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